terça-feira, 14 de outubro de 2008

A grande depressão ou A crise de 29


Com a crise financeira atual nos EUA que está atingindo o mundo todo, principalmente os países desenvolvidos, a comparação com A crise de 29 é inevitável, por isso o mótivo dessa postagem, para o melhor entendimento desta época e para vermos que essa crise atual não chega aos pés do que foi A grande depressão.


O que foi a Grande Depressão ou a Crise de 1929:


A Grande Depressão, também chamada por vezes de Crise de 1929, foi uma grande depressão econômica que teve início em 1929, e que persistiu ao longo da década de 1930, terminando apenas com a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A Grande Depressão é considerada o pior e o mais longo período de recessão econômica do século XX.

Este período de depressão econômica causou altas taxas de desemprego, quedas drásticas do produto interno bruto de diversos países, bem como quedas drásticas na produção industrial, preços de ações, e em praticamente todo medidor de atividade econômica, em diversos países no mundo.

Como ela surgiu:


Com o término da Primeira Guerra Mundial os Estados Unidos passaram a ser o grande nome do capitalismo mundial. De maior devedor, o país passou a posição de maior credor mundial, pois concederam grandes empréstimos a outros países, vencedores e perdedores. Além disso, investiram na reconstrução da Europa e, ao mesmo tempo exportavam bastante para esse continente.
Porém, a partir de 1925, apesar de toda euforia, a economia norte-americana começou a ter sérios problemas. Enquanto a produção industrial e agrícola desenvolveu-se num ritmo acelerado, o aumento salarial foi muito lento. Além do mais, em conseqüência da progressiva mecanização da indústria e da agricultura o desemprego foi crescendo consideravelmente.

Após recuperarem-se dos prejuízos da guerra, os países europeus passaram a comprar cada vez menos dos Estados Unidos e a concorrer com o mesmo nos mercados internacionais. Pela falta de consumidores externos e internos, começaram a sobrar enormes quantidades de produtos no mercado norte-americano, caracterizando, assim, uma crise de superprodução, ou seja, muita mercadoria e poucos consumidores.

Na tentativa de controlar essa crise, os agricultores passaram a armazenar cereais. Para isso, tiveram que pedir empréstimos aos bancos, oferecendo suas terras como garantia, muitos perderam seus bens. Já as indústrias se viram forçadas a desacelerar o ritmo da produção e, conseqüentemente, a despedir milhares de trabalhadores, o que afetou ainda mais o mercado consumidor.


A Queda da Bolsa de New York:


Apesar da crise vivida naquele momento, os pequenos, médios e grandes investidores mantiveram suas especulações com ações. Isto é, comercializavam esses papéis por valores que não condiziam com a real situação das empresas.

No entanto, chegou o momento em que a crise atingiu a Bolsa de Valores de New York, um dos importantes centros do capitalismo mundial.

Os preços das ações começaram a cair, os acionistas entraram na corrida para tentar vendê-las, mas não havia pessoas interessadas. No dia 29 de outubro de 1929, havia cerca de 13 milhões de ações à venda, mas faltavam compradores. O que resultou na queda dos preços das ações, provocando a quebra (crash) da Bolsa de New York.


New Deal:

Em 1932, com a promessa de solucionar os efeitos alarmantes da crise de 1929, Franklin Roosevelt foi eleito presidente dos Estados Unidos. Assim que assumiu o governo, pôs em prática um conjunto de medidas para tentar solucionar a crise, as quais ficaram conhecidas como New Deal. Com a adoção desse plano, o governo se desligava das idéias liberais, e passava a praticar o intervencionismo econômico. As principais medidas do New Deal foram:

Concessão de empréstimos a empresários urbanos e rurais, que haviam falido com a crise;

O governo passava a controlar a produção e os preços de grande parte dos produtos industriais e agrícolas;

Construção de grandes obras públicas;

Elevação dos salários, diminuição da jornada de trabalho e legalização de sindicatos.

Criação do salário-desemprego e da assistência aos inválidos e velhos.


Os efeitos da Grande Depressão no mundo:



Os efeitos da Grande Depressão foram sentidos no mundo inteiro. Estes efeitos, bem como sua intensidade, variaram de país a país. Outros países, além dos Estados Unidos, que foram duramente atingidos pela Grande Depressão foram a Alemanha, Austrália, França, Itália, o Reino Unido e especialmente o Canadá. Porém, em certos países pouco industrializados naquela época, como a Argentina e o Brasil, a Grande Depressão a posteriori acelerou o processo de industrialização interna.

O New Deal, juntamente com programas de ajuda social realizados por todos os estados americanos, ajudou a minimizar os efeitos da Depressão a partir de 1933. A maioria dos países atingidos pela Grande Depressão passaram a recuperar-se economicamente a partir de então. Em alguns países, a Grande Depressão foi um dos fatores primários que ajudaram a ascensão de regimes de extrema-direita, como os nazistas comandados por Adolf Hitler na Alemanha. O início da Segunda Guerra Mundial terminou com qualquer efeito remanescente da Grande Depressão nos principais países atingidos.


Esse video é legal porque mostra atraves de imagens varias épocas:


- Os EUA nos anos 20, antes da Grande Depressão, epóca do American Way of Life
- A crise de 29
- A implantação do New Deal
- O surgimento na Itália do fascismo (1921-1943) de Benito Mussolini
- A consolidação da URSS, que começou com revolução de 1917 até o governo de Stalin, que acabou em 1953.
- A Alemanha nazista, como a ascensão de Hitler em 1933.







Esse video é uma palestra interessante em que o professor fala sobre a Grande Depressão nos EUA e sua consquencia aqui para o Brasil, que atingiu sua economia cafeeira, que estava no auge. Ele fala de maneira bem clara sobre o assunto.




FONTES:

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