sábado, 25 de outubro de 2008

100 anos de cultura japonesa no Brasil

mapa do Japão



cultura pop japonesa

Imagem de Buda

Gueixa
No ano de 2008 comemoramos aqui no Brasil 100 anos da imigração japonesa. Foi em 18 de junho de 1908, que chegou ao porto de Santos o Kasato Maru, navio que trouxe 165 famílias de japoneses. A grande parte destes imigrantes era formada por camponeses de regiões pobres do norte e sul do Japão, que vieram trabalhar nas prósperas fazendas de café do oeste do estado de São Paulo.
No começo do século XX, o Brasil precisava de mão-de-obra estrangeira para as lavouras de café, enquanto o Japão, passava por um período de grande crescimento populacional. A economia nipônica não conseguia gerar os empregos necessários para toda população, então, para suprir as necessidades de ambos países, foi selado um acordo imigratório entre os governos brasileiro e japonês.
Nos primeiros dez anos da imigração, aproximadamente quinze mil japoneses chegaram ao Brasil. Este número aumentou muito com o início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Pesquisas indicam que de 1918 até 1940, aproximadamente 160 mil japoneses vieram morar em terras brasileiras. A maioria dos imigrantes preferiam o estado de São Paulo, pois nesta região já estavam formados bairros e até mesmo colônias com um grande número de japoneses. Porém, algumas famílias espalharam-se para outros cantos do Brasil como, por exemplo, agricultura no norte do Paraná, produção de borracha na Amazônia, plantações de pimenta no Pará, entre outras.
O começo da imigração foi um período difícil, pois os japoneses se depararam com muitas dificuldades. A língua diferente, os costumes, a religião ,o clima, a alimentação e até mesmo o preconceito tornaram-se barreiras à integração dos nipônicos aqui no Brasil. Muitas famílias tentavam retornar ao país de origem, porém, eram impedidas pelos fazendeiros, que as obrigavam a cumprir o contrato de trabalho, que geralmente era desfavorável aos japoneses. Mesmo assim, eles venceram estes problemas e prosperam.
Embora a idéia inicial da maioria fosse retornar para a terra natal, muitos optaram por fazer a vida em solo brasileiro obtendo grande sucesso.Durante o período da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os japoneses enfrentaram muitos problemas em território brasileiro. O Brasil entrou no conflito ao lado dos aliados, declarando guerra aos países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão). Durante os anos da guerra a imigração de japoneses para o Brasil foi proibida e vários atos do governo brasileiro prejudicaram os japoneses e seus descendentes. O presidente Getúlio Vargas proibiu o uso da língua japonesa e as manifestações culturais nipônicas foram consideradas atitudes criminosas.Com o término da Segunda Guerra Mundial, as leis contrárias à imigração japonesas foram canceladas e o fluxo de imigrantes para o Brasil voltou a crescer. Neste período, além das lavouras, muitos japoneses buscavam as grandes cidades para trabalharem na indústria, no comércio e no setor de serviços.
Atualmente, o Brasil é o país com a maior quantidade de japoneses fora do Japão. Plenamente integrados à cultura brasileira, contribuem com o crescimento econômico e desenvolvimento cultural de nosso país. Os japoneses trouxeram junto com a vontade de trabalhar, sua arte, costumes, língua, crenças e conhecimentos que contribuíram muito para o nosso país. Juntos com portugueses, índios, africanos, italianos, espanhóis, árabes, chineses, alemães e muitos outros povos, os japoneses formam este lindo painel multicultural chamado Brasil.

Religião

Os imigrantes japoneses eram na sua maioria budistas e xintoístas. Nas colônias japonesas houve a forte presença de padres brasileiros para catequizar os imigrantes. O casamento com pessoas católicas também contribuiu para o crescimento dessa religião na comunidade nipo-brasileira. Cerca de 60% dos descendentes de japoneses no Brasil são católicos.

Budismo em linhas gerais
O Budismo viajou muito desde os seus primórdios na Índia: China, Japão, Sudeste Asiático, Tibet, até chegar ao Ocidente. Em cada um dos países onde passou, assumiu sempre, independente da época e da cultura, os valores da compaixão, da habilidade em conviver harmonicamente com outras religiões, da ênfase na interdependência entre todos os seres e a natureza. Sempre em desenvolvimento, o Budismo generosamente sugere as ferramentas para o nosso desenvolvimento pessoal e coletivo.
O maior país católico no mundo, o Brasil, tem também uma comunidade de budistas. São mais de 200 mil praticantes da religião que chegou aqui com os imigrantes japoneses.
Ciência, filosofia de vida, religião, tudo isso e muito mais... Os fies costumam dizer que o budismo transcende esses rótulos.
É uma religião da não-violência, busca-se pautar em valores, em benevolências: de paz, de amor e de compaixão.
O conjunto de tradições religiosas surgiu a 2500 anos no norte da Índia, região onde hoje fica o Nepal.
O fundador um príncipe que largou família e fortuna para encontrar a paz e descobrir o sentido da vida, aos 35 anos teve a revelação e assumiu o nome Buda, que significa “o desperto” ou “o iluminado”. No budismo não há pecado como na concepção cristã, mas existem preceitos que devem ser seguidos: não roubar, não matar, não usar drogas ...
Atitudes positivas para uma vida equilibrada, é isso que os budistas chamam de carma “a lei da causa e efeito” que segundo a crença influencia os ciclos de vida, morte e renascimento. A combinação de tolerância, pacifismo e igualdade que atrai os ocidentais.

Influência da imigração japonesa no Brasil

Os imigrantes japoneses aperfeiçoaram as técnicas agrícolas e de pesca dos brasileiros. É notável o seu trabalho na aclimatação ou desenvolvimento de vários tipos de frutas e vegetais antes desconhecidos no Brasil, entre os quais o caqui, a maçã Fuji e a mexerica poncã.
A diáspora japonesa forneceu uma porta de entrada para a influência cultural japonesa no Brasil que se destaca na tecnologia agrícola, culinária, esportes (judô, jiu-jitsu, caratê, kendo), mangás, seriados de televisão e outros aspectos.
O bairro paulistano da Liberdade representa um pedaço do Japão com vários pórticos vermelhos de templos xintoístas. Restaurantes de yakisoba e de sushi competem com os karaokê e supermercados nos quais se pode comprar o natô e vários tipos de molho de soja.
Até mesmo o drinque brasileiro mais famoso, a caipirinha, ganhou uma versão japonesa com saquê: a sakerinha.
Fontes:
Jornal hoje - do canal Globo
Sites que valem a pena serem visitados:

Um comentário:

Maria Luiza Braga disse...

caraca se eu conseguir ver tudu isso q vc tem aki... eu passo até no próximo vestibular da UNB
AHUIHAUIHAUIH
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