segunda-feira, 27 de outubro de 2008

MY GIRL - The Temptations- Meu primeiro amor



My Girl

The Temptations

I've got sunshine
On a cloudy day
When it's cold outside
I've got the month of may
I guess you'll say
What can make me feel this way
My girl
My girl
My girl
Talking about my girl
My girl
I've got so much honey
The bees envy me
I've got a sweeter song
Than the birds in the trees
Well i guess you'll say
What can make me feel this way
My girl
My girl
My girl
Talking about my girl
My girl
Ooooooooo
Hey hey heyHey hey hey
Ooooooooo yeah
I don't need no money
Fortune or fame
I've got all the riches baby
One man can clame
Well i guess you'll say
What can make me feel this way
My girl
My girl
My girl
Talking about my girl
My girl
Talking about my girl
I've got sunshine on a cloudy day
My girlI've even got the month of may with my girl

sábado, 25 de outubro de 2008

Homenagem a Manuel Bandeira


“Estou farto do lirismo comedido. Do lirismo bem comportado. Do lirismo funcionário público com livro de ponto, expediente, protocolo e manifestações de apreço ao Sr. Diretor. Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo do vocábulo.”
Palavras de Manuel Bandeira que chegou ao século vinte e disse logo a que veio.
Há quarenta anos morria o poeta que detestava ser chamado de poeta.
Vamos à memória para Manuel Bandeira.

Carlos Drummond de Andrade (poeta, em 1977): “Tenho a minha paixão pelos poetas velhos. Eu acho que é até uma espécie de solidariedade de classe. Eu coloco sempre em primeiro lugar, pela afetividade, pelo carinho que eu tenho por ele, e que ele tinha por mim, o Manuel Bandeira. É uma espécie de orientador, de pai poético que eu tive.”

Lygia Fagundes Telles (escritora, em 2004): “Aniversário do Bandeira, dia 19 de abril. Eu morava nesse tempo no Rio de Janeiro, eu estava no meu primeiro casamento, quando o meu marido era deputado federal, morava na Rua Aires Saldanha, Copacabana. Então ele descobriu que eu nasci dia 19 de abril. Ele disse: “Lygia, eu também nasci no dia 19 de abril. Nosso ponto fraco é a cabeça.” E ele fez um versinho: “Salve o dia 19 que nascemos os dois. Eu no século passado, Lygia um século depois.”

Manoel de Barros (poeta, em 2005): “Eu aprendi muita coisa com ele de linguagem. Uma vez eu fui a Recife para conhecer a rua da infância, da alegria de Manuel Bandeira. E quando cheguei lá, tive uma grande decepção, fui lá no bairro dele, na Rua da Aurora, e perguntei para as pessoas que caminhavam ali pela rua. Onde que era a casa de Manuel Bandeira? Onde é que ele morava? Ninguém sabia nada. Eu fiquei tonto e besta. É a minha admiração. Eu queria saber onde é que Manuel Bandeira morava, a casa dele. Não consegui saber.”

Lêdo Ivo (poeta, em 2000): “A amizade é um mistério. Você não pode explicar porque você se relaciona com as pessoas e não se relaciona com outras. No caso do Manuel Bandeira, eu sou obrigado a render-me a evidência de que foi um amor a primeira vista. Porque uma certa afinidade eletiva, uma coisa secreta.”

Edson Nery da Fonseca (escritor, 2002): “O traço todo da vida é um desenho de criança que acompanha o adulto por toda a vida. Então eu acho que por causa desse período que realmente é muito importante em nossas vidas, ele escreveu que em sua essência mais intima, ele era um pernambucano. Quando o Antônio Carlos Villaça disse que ele era pernambucano por acidente e carioca de coração, ele desmentiu categoricamente. Mesmo porque ele tinha pais recifenses, avós recifenses e por ai ia. Quando ele volta ao Recife, ele recente de não encontrar aquela cidade da infância dele. E ele registrou isso em alguns poemas, sobre tudo em um chamado ‘Minha Terra’. Em que ele conta: ‘Saí menino de minha terra. Passei trinta anos longe dela. De vez em quando me diziam: Sua terra está completamente mudada, têm avenidas, arranha-céus... É hoje uma bonita cidade! Meu coração ficava pequenino. Diabo leve quem pôs bonita a minha terra!’. Ele queria ver tudo como ele deixou.”

Ivan Junqueira (poeta, Autor de Testamento de Pasárgada, antologia crítica da poesia de Manuel Bandeira): “Ele dizia que aprendeu muito com os maus poetas. Aprendeu o que não fazer. E o Bandeira talvez seja também, o poeta mais culto da literatura brasileira. O homem que mais conhecia literatura, que mais conhecia os segredos de arte poética. Bandeira era um grande estudioso de poesia. Então ele aprendeu não apenas com os grandes poetas, como aprendeu também com os maus poetas. Ele inclusive detestava ser chamado de poeta. Quando os poetas contemporâneos dele diziam: “O poeta”. Ele respondia: “Poeta é o Dante”. De maneira que tudo isso faz parte de uma lição de economia. Eu não vou dizer de avarícia, mas de uma certa economia. Para que chegando então a palavra exata, ele pudesse estabelecer com o leitor uma comunicação absolutamente direta.”

Poema ‘Última canção do Beco’ de Manuel Bandeira: “Beco das minhas tristezas. Não me envergonhei de ti! Foste rua de mulheres? Todas são filhas de Deus! Dantes foram carmelitas... E eras só de pobres, quando pobre, vim morar aqui.”

Ivan Junqueira: “No primeiro livro de Manuel Bandeira ‘Cinza das Horas’, que ele publicou em 1917, portanto 5 anos antes da Semana de Arte Moderna. É ainda um livro de um poeta parnasiano. Mas quando você lê com cuidado aqueles poemas, você vê que ali já há um poeta moderno. Não há ainda um poeta modernista.”

Antônio Cândido (crítico literário, 1972): “O modernismo teve um grande mérito de romper esta carapaça, não romper de imediato, mas de abrir a possibilidade de uma experimentação constante. Abrir a possibilidade de atitudes inconformadas, atitudes de negação, que servem de plataforma para atitudes de construção. Fazendo isto, o Modernismo levou o espírito dos intelectuais brasileiros a uma atitude crítica em relação ao seu próprio país. E a possibilidade de uma criação muito mais rica e muito mais aberta para a vida moderna. Porque uma criação baseada não nos padrões cristalizados de uma arte permanente, eterda, mas nos padrões condizentes com o nosso tempo, isto é, no tempo baseado no provisório.”

Ivan Junqueira: “O Bandeira queria se libertar daquelas amarras. Amarras do verso metrificado, rimado. Ele queria fugir do modelo parnasiano. Do cárcere da poesia parnasiana. O modernismo então oferecia essa oportunidade raríssima. Era um momento em que toda a literatura brasileira passava por um momento de revolução.”
Poema ‘O último poema’ de Manuel Bandeira: “Assim eu quereria o meu último poema. Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais. Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas. Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume. A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos. A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.”

Ivan Junqueira: “O Manuel Bandeira realmente escreveu poesia como quem morre. E, no entanto, ele viveu através dessa morte a vida inteira. Essa convalescença se estendeu por quase toda a vida. Inclusive há coisas muito curiosas. Manuel Bandeira tinha um grupo no Rio de Janeiro, era ele, Dante Milano, Ribeiro Couto, Oswaldo Costa e Jayme Ovalle. Eles marcavam um encontro na Lapa sempre depois das cinco horas da tarde, nessa época Manuel Bandeira morava em Santa Tereza. Porque antes de 5 horas o Bandeira não podia sair de casa. Porque ele era alérgico a Sol. O Sol prejudicava a recuperação tão magnífica que ele teve dessa tuberculose. Afinal de contas, viveu falando naquela dama branca, viveu falando naquela senhora, já respeitável com a qual ele conversava que era a morte, e só foi morrer com 82 anos. É a maior convalescença da história da literatura brasileira.”

Poema ‘Canção do Suicida’ de Manuel Bandeira: “Não me matarei, meus amigos. Não farei, possivelmente. Mas que tenho vontade, tenho. Tenho e, muito curiosamente, Com um tiro. Um tiro no ouvido. Vingança contra a condição humana, ai de nós! Sobre-humana de ser dotado de razão.”

Edson Nery da Fonseca (escritor, 2002): “O poema Pneumotórax poderia ser escrito, poderia ser analisado sem referência ao fato de que ele foi tuberculoso. E tomou aquela injeção antiga de Pneumotórax.”

Poema ‘Pneumotórax’ de Manuel Bandeira: “Febre, hemoptise, dispnéia e suores noturnos. A vida inteira que podia ter sido e que não foi. Tosse, tosse, tosse. Mandou chamar o médico: - Diga trinta e três. - Trinta e três... trinta e três... trinta e três... - Respire. - O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado. - Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax? - Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.”

Ivan Junqueira: “Quando ele foi examinado a primeira vez pelo Doutor Bormer, um clavadel. O Dr. Bormer disse o senhor tem lesões pulmonares incompatíveis com a vida. Ele estava condenado, daí aquele celebre poema, ‘Eu faço versos como quem morre’ chamado Desencanto.”

Edson Nery da Fonseca (escritor, 2002): “Eu estou lendo, estou acabando de ler A Grande Bela Correspondência de Manuel Bandeira com Mário de Andrade. E há uma carta de 1924 em que ele diz. Aquele poema ‘Desencanto’: “Meu verso é sangue, volúpia ardente. Tristeza esparsa, remorso vão. Dói-me nas veias amargo. E quente cai gota a gota do coração.” Foi escrito a 40 graus de febre e vomitando sangue.”

Ivan Junqueira: “É profundamente verdadeiro, sempre que você poetiza a partir da sua vivência real, você consegui transmitir seus sentimentos, seus pensamentos com uma força extraordinária. A coisa vivenciada é realmente sem igual.”

Edson Nery da Fonseca (escritor, 2002): “Tinha um senso de humor de compensava a desgraça da vida dele que foi a tuberculose. Aqui há um ensaísta jovem que escreve muito bem chamado Mário Hélio, que escreveu um Ensaio sobre o Manuel Bandeira chamado ‘Alegre ao tristíssimo’. Que define perfeitamente Manuel, suas palavras definem perfeitamente uma alegria triste. O livro Carnaval é alegre mais é triste também, ‘toda vida que poderia ter sido e que não foi’.”
Ivan Junqueira: “Manuel Bandeira é um dos poucos poetas da nossa literatura que tem poemas na cabeça do povo. Todo mundo sabe ‘Vou-me embora pra Pasárgada’, todo mundo sabe ‘Irene no Céu’. Porque é um poeta de uma comunicação muito imediata. Bandeira não perde tempo com adjetivo”.

Poema ‘Vou-me embora pra Pasárgada’ de Manuel Bandeira: “Vou-me embora pra Pasárgada. Lá sou amigo do rei. Lá tenho a mulher que eu quero na cama que escolherei.”

Ivan Junqueira: “Pasárgada desistiu as ruínas estão lá. Então a Pasárgada tem muito a ver com a questão da evasão. Quando Gonçalves Dias naquela celebérrima Canção do Exílio canta a saudade da terra. Na verdade aquilo não é uma evasão, pelo contrário, é uma volta a Mãe-Terra, ao seio original. Enquanto que o poeta modernista, particularmente o poeta moderno, ele cria o tema da evasão. O Manuel queria ir embora, ele não se importa com a volta, é uma ida sem volta. Ele vai embora, é a evasão. E o Bandeira foi um poeta muito ligado a esse processo da evasão de si mesmo e das coisas.”

Poema ‘Vou-me embora pra Pasárgada’ de Manuel Bandeira: “E quando eu estiver mais triste. Mas triste de não ter jeito. Quando de noite me der. Vontade de me matar — Lá sou amigo do rei — Terei a mulher que eu quero. Na cama que escolherei. Vou-me embora pra Pasárgada.”

Edson Nery da Fonseca (escritor, 2002): “Eu visitei ainda naquele apartamento que invés de olhar para o aeroporto em frente, que lhe dava lições de partir, ainda era um apartamento que dava para o pátio. Ali naquele quarteirão entre a Avenida Beira-Mar, Presidente Wilson e edifício São Miguel na esquina. E ele me recebeu. O que é que eu queria. Fazer perguntas para ele sobre certas passagens obscuras de alguns poemas dele. Às vezes parecia até uma coisa infantil, mas, por exemplo, há um poema em que ele diz: ‘Oh, as três mulheres do sabonete Araxá às 4 horas da tarde!’. Porque não podia ser as 5, não podia ser as 6? Ele disse: ‘Não. Isto é muito importante. Meu amigo Jayme Ovalle que entendia muito de mulher, achava que a mulher depois de tomar banho, não está boa para a cama, porque está com cheiro de sabonete, ela só está no ponto tendo tomado banho de manhã e as 4 horas da tarde.”

Ivan Junqueira: “Talvez Manuel Bandeira tenha sido o poeta da literatura brasileira que mais disse com o mínimo de palavras. A poesia do Bandeira é sempre muito austera e muito econômica. Nesse sentido, é que eu a considero subsentiva, quer dizer, dizer muito com muito poucas palavras. E esse é um fenômeno um pouco raro da poesia brasileira porque desde o romantismo, a poesia brasileira tem o vício do transbordamento. O poeta brasileiro se policia muito pouco. E quando você não se policia em literatura, e a meu ver em qualquer arte, você não consegue efetivamente se comunicar com o consumidor da sua arte. Então essa atitude da contenção é uma lição que poucos artistas são capazes de dar. Porque o transbordamento prejudica a comunicação com o leitor. As coisas precisam ser sintéticas, simples e diretas. E nesse sentido, Manuel Bandeira foi um mestre.”

Poema ‘Balada do rei das sereias’ de Manuel Bandeira: “O rei atirou Grãos de arroz ao mar. E disse às sereias: - Ide-os lá buscar.”

Edson Nery da Fonseca (escritor, 2002): “Ele era muito musical. Há um capítulo ai ‘Manuel Bandeira e música’, em que eu faço, creio que pela primeira vez, um levantamento de todos os poemas dele musicados. Daí a grande atração de compositores por musicar poemas dele.”

Tom Jobim (músico e compositor, 1994): “O poema ‘Trem de ferro’ de Manuel Bandeira que eu conheci muito. Ele ia muito à casa do Vinícius, ele era muito amigo de Vinícius de Moraes. E a gente encontrava com ele. Fomos também ao apartamento dele em Copacabana. E lá com Chico, ele pediu para o Chico tocar um negócio no violão.

Poema ‘Trem de Ferro’ de Manuel Bandeira: “Virge Maria que foi isso maquinista? Agora sim. Café com pão. Agora sim. Voa, fumaça. Corre, cerca. Ai seu foguista. Bota fogo. Na fornalha. Que eu preciso. Muita força. Muita força. Muita força. (trem de ferro, trem de ferro). Oô... Foge, bicho. Foge, povo. Passa ponte. Passa poste. Passa pasto. Passa boi. Passa boiada. Passa galho da ingazeira debruçada no riacho. Que vontade de cantar! Oô... (café com pão é muito bom).”

Poema ‘O Cacto’ de Manuel Bandeira: “Aquele cacto lembrava os gestos desesperados da estatuária! Laocoonte constrangido pelas serpentes. Ugolino e os filhos esfaimados. Evocava também o seco nordeste, carnaubais, catingas... Era enorme, mesmo para esta terra de feracidades excepcionais. Um dia um tufão furibundo abateu-o pela raiz. O cacto tombou atravessado na rua, quebrou os beirais do casario fronteiro. Impediu o trânsito de bondes, automóveis, carroças. Arrebentou os cabos elétricos e durante vinte e quatro horas privou a cidade de iluminação e energia: - Era belo, áspero, intratável.”

Ivan Junqueira: “Eu acho que a poesia de Manuel Bandeira é isso, é bela, é áspera e é intratável.”

100 anos de cultura japonesa no Brasil

mapa do Japão



cultura pop japonesa

Imagem de Buda

Gueixa
No ano de 2008 comemoramos aqui no Brasil 100 anos da imigração japonesa. Foi em 18 de junho de 1908, que chegou ao porto de Santos o Kasato Maru, navio que trouxe 165 famílias de japoneses. A grande parte destes imigrantes era formada por camponeses de regiões pobres do norte e sul do Japão, que vieram trabalhar nas prósperas fazendas de café do oeste do estado de São Paulo.
No começo do século XX, o Brasil precisava de mão-de-obra estrangeira para as lavouras de café, enquanto o Japão, passava por um período de grande crescimento populacional. A economia nipônica não conseguia gerar os empregos necessários para toda população, então, para suprir as necessidades de ambos países, foi selado um acordo imigratório entre os governos brasileiro e japonês.
Nos primeiros dez anos da imigração, aproximadamente quinze mil japoneses chegaram ao Brasil. Este número aumentou muito com o início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Pesquisas indicam que de 1918 até 1940, aproximadamente 160 mil japoneses vieram morar em terras brasileiras. A maioria dos imigrantes preferiam o estado de São Paulo, pois nesta região já estavam formados bairros e até mesmo colônias com um grande número de japoneses. Porém, algumas famílias espalharam-se para outros cantos do Brasil como, por exemplo, agricultura no norte do Paraná, produção de borracha na Amazônia, plantações de pimenta no Pará, entre outras.
O começo da imigração foi um período difícil, pois os japoneses se depararam com muitas dificuldades. A língua diferente, os costumes, a religião ,o clima, a alimentação e até mesmo o preconceito tornaram-se barreiras à integração dos nipônicos aqui no Brasil. Muitas famílias tentavam retornar ao país de origem, porém, eram impedidas pelos fazendeiros, que as obrigavam a cumprir o contrato de trabalho, que geralmente era desfavorável aos japoneses. Mesmo assim, eles venceram estes problemas e prosperam.
Embora a idéia inicial da maioria fosse retornar para a terra natal, muitos optaram por fazer a vida em solo brasileiro obtendo grande sucesso.Durante o período da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os japoneses enfrentaram muitos problemas em território brasileiro. O Brasil entrou no conflito ao lado dos aliados, declarando guerra aos países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão). Durante os anos da guerra a imigração de japoneses para o Brasil foi proibida e vários atos do governo brasileiro prejudicaram os japoneses e seus descendentes. O presidente Getúlio Vargas proibiu o uso da língua japonesa e as manifestações culturais nipônicas foram consideradas atitudes criminosas.Com o término da Segunda Guerra Mundial, as leis contrárias à imigração japonesas foram canceladas e o fluxo de imigrantes para o Brasil voltou a crescer. Neste período, além das lavouras, muitos japoneses buscavam as grandes cidades para trabalharem na indústria, no comércio e no setor de serviços.
Atualmente, o Brasil é o país com a maior quantidade de japoneses fora do Japão. Plenamente integrados à cultura brasileira, contribuem com o crescimento econômico e desenvolvimento cultural de nosso país. Os japoneses trouxeram junto com a vontade de trabalhar, sua arte, costumes, língua, crenças e conhecimentos que contribuíram muito para o nosso país. Juntos com portugueses, índios, africanos, italianos, espanhóis, árabes, chineses, alemães e muitos outros povos, os japoneses formam este lindo painel multicultural chamado Brasil.

Religião

Os imigrantes japoneses eram na sua maioria budistas e xintoístas. Nas colônias japonesas houve a forte presença de padres brasileiros para catequizar os imigrantes. O casamento com pessoas católicas também contribuiu para o crescimento dessa religião na comunidade nipo-brasileira. Cerca de 60% dos descendentes de japoneses no Brasil são católicos.

Budismo em linhas gerais
O Budismo viajou muito desde os seus primórdios na Índia: China, Japão, Sudeste Asiático, Tibet, até chegar ao Ocidente. Em cada um dos países onde passou, assumiu sempre, independente da época e da cultura, os valores da compaixão, da habilidade em conviver harmonicamente com outras religiões, da ênfase na interdependência entre todos os seres e a natureza. Sempre em desenvolvimento, o Budismo generosamente sugere as ferramentas para o nosso desenvolvimento pessoal e coletivo.
O maior país católico no mundo, o Brasil, tem também uma comunidade de budistas. São mais de 200 mil praticantes da religião que chegou aqui com os imigrantes japoneses.
Ciência, filosofia de vida, religião, tudo isso e muito mais... Os fies costumam dizer que o budismo transcende esses rótulos.
É uma religião da não-violência, busca-se pautar em valores, em benevolências: de paz, de amor e de compaixão.
O conjunto de tradições religiosas surgiu a 2500 anos no norte da Índia, região onde hoje fica o Nepal.
O fundador um príncipe que largou família e fortuna para encontrar a paz e descobrir o sentido da vida, aos 35 anos teve a revelação e assumiu o nome Buda, que significa “o desperto” ou “o iluminado”. No budismo não há pecado como na concepção cristã, mas existem preceitos que devem ser seguidos: não roubar, não matar, não usar drogas ...
Atitudes positivas para uma vida equilibrada, é isso que os budistas chamam de carma “a lei da causa e efeito” que segundo a crença influencia os ciclos de vida, morte e renascimento. A combinação de tolerância, pacifismo e igualdade que atrai os ocidentais.

Influência da imigração japonesa no Brasil

Os imigrantes japoneses aperfeiçoaram as técnicas agrícolas e de pesca dos brasileiros. É notável o seu trabalho na aclimatação ou desenvolvimento de vários tipos de frutas e vegetais antes desconhecidos no Brasil, entre os quais o caqui, a maçã Fuji e a mexerica poncã.
A diáspora japonesa forneceu uma porta de entrada para a influência cultural japonesa no Brasil que se destaca na tecnologia agrícola, culinária, esportes (judô, jiu-jitsu, caratê, kendo), mangás, seriados de televisão e outros aspectos.
O bairro paulistano da Liberdade representa um pedaço do Japão com vários pórticos vermelhos de templos xintoístas. Restaurantes de yakisoba e de sushi competem com os karaokê e supermercados nos quais se pode comprar o natô e vários tipos de molho de soja.
Até mesmo o drinque brasileiro mais famoso, a caipirinha, ganhou uma versão japonesa com saquê: a sakerinha.
Fontes:
Jornal hoje - do canal Globo
Sites que valem a pena serem visitados:

O centenário de Guimarães Rosa


Guimarães Rosa era obsessivo pelo prazer de pensar e escrever. Buscava o fio de suas histórias na realidade de personagens. Com alto senso de observação, conseguiu a proeza de escrever como se fala.





João Guimarães Rosa mais conhecido como Guimarães Rosa (Cordisburgo, 27 de junho de 1908Rio de Janeiro, 19 de novembro de 1967) foi um dos mais importantes escritores brasileiros de todos os tempos. Foi também médico e diplomata.
Os contos e romances escritos por João Guimarães Rosa ambientam-se quase todos no chamado sertão brasileiro. A sua obra destaca-se, sobretudo, pelas inovações de linguagem, sendo marcada pela influência de falares populares e regionais. Tudo isso, somado a sua erudição, permitiu a criação de inúmeros vocábulos a partir de arcaísmos e palavras populares, invenções e intervenções semânticas e sintáticas.


Contexto literário


Realismo mágico, regionalismo, liberdades e invenções lingüísticas e neologismos são algumas das características fundamentais da literatura de Guimarães Rosa, mas não as suficientes para explicar seu sucesso. Guimarães Rosa prova o quão importante é ter a linguagem a serviço da temática, e vice-versa, uma potencializando a outra. Nesse sentido, o escritor mineiro inaugura uma metamorfose no regionalismo brasileiro que o traria de novo ao centro da ficção brasileira.


Obras



fonte:



Pablo Picasso - um dos artistas mais importantes do século 20






O artista espanhol Pablo Picasso (25/10/1881-8/4/1973) destacou-se em diversas áreas das artes plásticas: pintura, escultura, artes gráficas e cerâmica. Picasso é considerado um dos mais importantes artistas plásticos do século XX.
Nasceu na cidade espanhola de Málaga. Fez seus estudos na cidade de Barcelona, porém trabalhou, principalmente na França.
Seu talento para o desenho e artes plásticas foi observado desde sua infância.
Suas obras podem ser divididas em várias fases, de acordo com a valorização de certas cores.
A fase Azul (1901-1904) foi o período onde predominou os tons de azul. Nesta fase, o artista dá uma atenção toda especial aos elementos marginalizados pela sociedade.
Na Fase Rosa (1905-1907), predomina as cores rosa e vermelho, e suas obras ganham uma conotação lírica. Recebe influência do artista Cézanne e desenvolve o estilo artístico conhecido como cubismo.
O marco inicial deste período é a obra Les Demoiselles d'Avignon (1907) , cuja característica principal é a decomposição da realidade humana.
Em 1937, no auge da Guerra Civil Espanhola ( 1936-1939), pinta seu mural mais conhecido: Guernica. Esta obra já pertence ao expressionismo e mostra a violência e o massacre sofridos pela população da cidade de Guernica.
Na década de 1940, volta ao passado e pinta diversos quadros retomando as temáticas do início de sua carreira. Neste período, passa a dedicar-se a outras áreas das artes plásticas: escultura, gravação e cerâmica.
Já na década de 1960, começa a pintar obras de artes de outros artistas famosos: O Almoço Sobre a Relva de Manet e As Meninas do artista plástico Velázquez, são exemplos deste período.
Já com 87 anos, Picasso realiza diversas gravuras, retomando momentos da juventude.
Nesta última fase de sua vida, aborda as seguintes temáticas: a alegria do circo, o teatro, as tradicionais touradas e muitas passagens marcadas pelo erotismo. Morreu em 1973 numa região perto de Cannes, na França.

A libertação de Ingrid Betancourt e a história das Farc

bandeira - farc: forças armadas revolucionárias colômbianas



exército = composto por homens e mulheres

Ingrid Betancourt = hoje e quando estava presa

Resumo sobre as FARC:

Durante o período de 48 há 58, o período chamado de La violência, o partido liberal e o partido conservador travaram uma violenta guerra civil.
Em 58 houve um acordo de pacificação no qual os dois partidos dividiram entre si as instancias do Estado. Um grupo liberal radical e um grupo marxista ligado ao partido comunista da Colômbia não aceitaram esse acordo, mais considerado um conchavo oligárquico, e se mantiveram na clandestinidade.
De 58 ate o inicio dos anos 60 eles praticaram ações de guerrilha. Em 1959 com a vitoria da Revolução Cubana (que derrubou um governo oligárquico) influenciou-se fortemente a criação das Farc em 1964.
A idéia e a ideologia era muito próxima do chamado Foquismo (de Che Guevara e Régis De Bret que significa a criação de vários focos de guerrilha para mudar a política do pais).
As Farc quando perderam o apoio de Cuba precisaram refazer os mecanismos de financiamento da própria luta armada.
Nos anos 80 eles entraram em contato com o narcotráfico e através de um sistema de proteção a este eles conseguiram recursos que tornam hoje esta uma entidade absolutamente autônoma, que geram uma renda em torno de 300 milhões de dólares.
Com esse sistema de proteção eles compraram em Honduras e em El salvador material necessário para o financiamento da guerrilha (armas e equipamentos).
Pelos dados mais confiáveis acredita-se hoje que as Farc tenham disponíveis diretamente 16 mil homens, no qual há 12 mil bem treinados e armados e 4 mil com função de suporte a esse movimento.
As Farc se mostraram um movimento forte para ocupar um espaço rural colombiano, mas não suficientemente fortes para ameaçar o governo colombiano, criando-se então um impasse: o governo colombiano mantém controle sobre as áreas urbanas e as áreas mais povoadas e as Farc controlam uma área de até 5 departamentos da zonas rurais, sem ninguém conseguir efetivamente resolver o impasse.
Sabe-se que se os americanos e o governo colombiano quiserem acabar com a cocaína da Colômbia terão que acabar com as Farc. A coca é o meio pelo qual mais de 2 milhões de colombianos conseguem viver dignamente. Nas guerrilhas das Farc há mulheres que em geral estão no meio dos homens nas lutas e treinamentos de defesa e ate no comando, e são aceitas com naturalidade pelos homens.
De acordo com o historiador Francisco Teixeira 25% dos combatentes das Farc são mulheres, se surgirem relações amorosas ente os guerrilheiros homens e mulheres estes devem apresentar ao comando imediato para serem aprovados. No caso de relacionamento de pessoas das Farc com civis o comando proíbe esta situação, a direção considera isso um risco de segurança muito grande para as Farc. Da mesma maneira que os homens elas são recrutadas para varias regiões e camadas sociais. Existe maior ênfase no trabalho militar do que na doutrinação política, por exemplo, eles podem escolher os programas que quiserem na televisão transmitida via satélite.
Apesar de a política oficial ser de absoluta igualdade entre os sexos, nenhuma guerrilheira chegou ainda ao circulo intimo de comando das Farc, mas se depender da segurança que exibem não vai demorar muito. O difícil para elas é terem filhos, pois se quiserem permanecer na guerrilha devem entregar o neném a parentes. O elemento central de apoio as Farc tem sido a critica ao latifúndio e a insistência no programa das Farc em favor da reforma agrária. A Colômbia é um país marcado pela pequena produção camponesa e nessa região eles tem apoio, mas do ponto de vista mais geral frente a uma elite intelectual, alguns estudantes e uma classe media radicalizada a critica principal é o fato que o próprio governo colombiano está tremendamente infiltrado pelo narcotráfico, que divide entre si as riquezas do estado e têm limites a prática democrática. Ou seja, o fato do governo colombiano não ter conseguido se desvencilhar do narcotráfico faz as pessoas acreditarem que a vida política colombiana está definidamente corrompida. Para negociar com o governo as Farc querem que o governo acabe com as guerrilhas paramilitares (movimentos de esquerda treinados pelo próprio exercito colombiano, que protegem os ricos, caçam guerrilheiros e negociam com o narcotráfico), que promovem matança mesmo durante as conversações oficiais.
Os paramilitares foram organizados após a criação das Farc porque o governo achava que o exercito nacional colombiano não tinha preparo para enfrentar uma guerra de baixa intensidade, uma guerra de guerrilha na selva. Os paramilitares e ex-militares se organizaram e foram treinados pelos EUA e recebem financiamento de empresas privadas americanas e colombianas, que acabaram criando uma própria instituição chamada As auto-defesas colombianas que são acusadas de um numero imenso de seqüestros e homicídios.
As fontes de renda das Farc são o narcotráfico são os impostos ao narcotráfico, os impostos aos pecuaristas, aos grandes agricultores e os seqüestros. Com relação ao narcotráfico estimasse que este gere 500 milhões de dólares por ano para as Farc, onde as guerrilhas agem ninguém negocia a coca sem autorização dos comandantes.
Plano Colômbia ou Plano patriota = plano que quer a erradicação do cultivo da coca, criada pelos EUA para ajudar a Colômbia, a principio essa ajuda deveria ser no combate ao narcotráfico, e ela implicava no uso de fumigação (agentes químicos poluentes jogados por aviões para destruir a coca).

Perguntas e respostas sobre as Farc tiradas da revista Veja:

Quem são e o que querem as Farc?
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia são um grupo de rebeldes de ideologia comunista cujo objetivo declarado é tomar o poder no país pela força. Gostam de se autodenominar "guerrilheiros marxistas", dada a inspiração esquerdista que tiveram quando da sua criação, em meio a uma guerra civil ocorrida na Colômbia nos anos 60. Há muito tempo, entretanto, degeneraram em uma espécie de seita de fanáticos que vive à custa do tráfico de cocaína e de toda sorte de barbaridades. Contam atualmente com 16.000 homens.

Elas atuam desde quando?
As Farc surgiram precisamente em 1964. Desde então, 45.000 colombianos morreram pelas mãos de seus integrantes. Só nos últimos cinco anos, mais de 5.000 pessoas foram assassinadas em 930 chacinas.

Que métodos utilizam na buscapor seus objetivos?
Seqüestros, tráfico de drogas, extorsão e assassinatos são as principais técnicas que constam na cartilha das Farc. Estupros de reféns e tortura vêm a reboque, como descreveu Consuelo González, uma das cativas libertadas em janeiro. Suas vítimas são acorrentadas pelo pescoço, obrigadas a marchas forçadas no meio do mato e submetidas a cirurgias improvisadas com facas de cozinha. Não satisfeitas, as Farc transformaram a Colômbia na líder do ranking mundial das vítimas de minas terrestres – em sete anos, 9.500 pessoas foram atingidas pelos artefatos. No mais, recrutam boa parte de seus novos membros entre garotos de 10 a 14 anos de idade. Após se embrenharem na selva, os jovens são isolados do mundo exterior, da família e perdem o próprio nome, substituído por um "nome de guerra".

Por que são terroristas?
Que qualificação se dá a uma organização de seqüestradores e narcotraficantes que comete todos os crimes descritos acima? Conforme estabelece o conceito da ONU, as Farc não podem ser consideradas outra coisa que não uma organização terrorista. Não lutam contra um governo totalitário ou ocupação estrangeira. É como terroristas que as vêem os Estados Unidos e a União Européia. Delinqüentes comuns, eles vivem de seqüestros, tráfico de drogas e extorsão. Terroristas, eles torturam os seqüestrados, cometem atentados a bomba e executam a sangue-frio militares e civis. O debate semântico só existe hoje devido ao apelo feito pelo presidente venezuelano Hugo Chávez, para "o reconhecimento da guerrilha colombiana como forças insurgentes".

Qual é a relação da facção como tráfico de drogas?
As Farc dominam hoje todas as fases para a obtenção da cocaína na Colômbia, a maior produtora mundial da droga. O envolvimento do grupo com o narcotráfico começou no início da década de 90, quando uma ofensiva para erradicar as plantações de folha de coca na Bolívia e no Peru levou os cartéis colombianos a se associar com a guerrilha para o plantio nas áreas rurais sob controle dos esquerdistas. O negócio fez uma tremenda diferença. De guerrilheiros pobres, que tinham perdido a mesada de Cuba, as Farc se tornaram milionárias. Segundo as estimativas oficiais, a atividade rende aos narcoguerrilheiros 590 milhões de dólares por ano.

Quantos reféns estão em poder das Farc?
É difícil obter um número preciso. Nos últimos doze anos, cerca de 7.000 seqüestrados passaram pelos cativeiros das Farc. Hoje, há mais de 700 reféns em poder dos guerrilheiros, que aguardam o pagamento de resgate em dinheiro. Destes, pelo menos 25 reféns são considerados prisioneiros políticos, que as Farc querem trocar por terroristas presos. Não há mais muito sentido econômico nos seqüestros, já que os terroristas têm no narcotráfico uma fonte rentável de financiamento.

O que significou a recente libertaçãode Ingrid Betacourt?
Serviu principalmente para fortalecer a imagem do presidente colombiano Álvaro Uribe no combate ao narcotráfico e ao contrário fazer descer a do venezuelano Hugo Chávez, aliado das Farc. Tanto Ingrid como a famíla dela não se cansaram de agradecer os esforços de Uribe na ação em que foi libertada juntamente com três americanos e outros 13 colombianos.

Quais os grandes golpes do governo contra a narcoguerrilha?
Sua maiores baixas foram exatamente nas mais altas patentes desde o início de 2008. Em 1º de março, Raúl Reyes, segundo em comando, foi morto em ataque aéreo. Seis dias depois, Ivan Rios, tesoureiro das Farc, foi morto por um guarda-costas, que recebeu a recompensa de 2,7 milhões de dólares oferecida pelo governo colombiano. Para provar sua morte, o guarda-costas entregou ao governo a mão direita (cortada depois de morto), documentos de identidade e o computador pessoal do chefe. E ainda março – mas só divulgado em junho – morreu de infarto o fundador e “el supremo” das Farc, Manuel Marulanda, o Tirofijo. Além disso, cada vez mais guerrilheiros se entregam ao governo.

Qual é a posição do governo colombiano sobre o grupo?
Desde o primeiro dia na Presidência da Colômbia, Uribe investiu com firmeza – e tropas especiais treinadas com a ajuda dos Estados unidos – na tarefa de recuperar o controle de seu país não apenas dos comunistas, mas também dos narcotraficantes e das milícias paramilitares de direita. Quando assumiu o cargo, em 2002, estimava-se que a guerrilha comunista circulasse à vontade ou tivesse o controle efetivo de 40% do território colombiano. Essa área era basicamente de florestas e montanhas de difícil acesso. Seu governo empurrou os terroristas aos grotões e conseguiu diminuir o número de seqüestros aumentando o contingente policial e criando unidades especializadas em combater especificamente esse tipo de crime. Graças a Uribe, os índices de criminalidade colombianos atingiram em 2005 os níveis mais baixos em 20 anos. Há nele uma motivação pessoal nesta luta: seu pai foi assassinado pelas Farc em 1983.

Quem se alia ao governo no combate às Farc?
O governo colombiano tem na maior potência do mundo o seu principal aliado na luta contra os narcoguerrilheiros: os Estados Unidos. Uribe é o melhor amigo da Casa Branca na América do Sul, o que lhe permitiu implementar uma cooperação militar com Washington que tem rendido bons frutos. Apesar de ele ser um dos raros presidentes que podem ser levados a sério nos países fronteiriços com o Brasil, o governo Lula é daqueles que tratam Uribe com frieza. O presidente brasileiro não deixou de classificar, porém, os atos das Farc como “abomináveis” no início de 2008.

E quem as apóia?
Na linha de frente do cenário internacional, as Farc têm o apoio de Hugo Chávez. O caudilho venezuelano sustenta que a organização tem um projeto político legítimo, que ele associa ao seu próprio socialismo bolivariano. Sua proposta de retirar o nome das Farc da lista de grupos terroristas internacionais recebeu um único apoio – o do presidente Daniel Ortega, da Nicarágua, cujo passado inclui a tomada do poder pela força das armas. Fora isso, há em lugares da Europa uma visão romântica da guerrilha, especialmente por parte dos governos da França e da Espanha, que pressionam Uribe para negociar um acordo que liberte os reféns mais conhecidos. Passam longe de apoiar os criminosos, contudo.

O que a população colombianapensa das Farc?
Os colombianos também não têm dúvida sobre o assunto: as mais recentes pesquisas de opinião realizadas no país mostram que 93% da população se opõe às Farc. Desde 2000, quando o Instituto Gallup começou a monitorar o conceito do grupo terrorista entre os colombianos, a rejeição se mantém acima dos 87%.

Existem outros grupos políticos criminosos na Colômbia?
Além das Farc, os colombianos ainda são obrigados a conviver com outros dois grupos igualmente violentos, embora não tão poderosos. O primeiro é o Exército de Libertação Nacional, o ELN, criado em 1962 por um grupo de jovens colombianos que foram a Cuba aprender técnicas de guerrilha. O ELN já foi o principal movimento da Colômbia, mas perdeu seu poder com a derrocada do regime cubano, e hoje conta com apenas 3.000 homens. Mais numerosas que eles são as tenebrosas organizações paramilitares que, a pretexto de combater os dois grupos guerrilheiros, adotaram os métodos dos rivais e aplicaram-nos contra a mesma população que já sofria nas mãos de Farc e ELN. Estima-se que as Autodefensas Unidas de Colômbia (AUC), o maior grupo paramilitar, conte hoje com até 30.000 homens.

fonte:

http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/farc/index.shtml
site do canal Globo

A comemoração dos 90 anos de Nelson Mandela

Mapa da África - destaque para a África do Sul


Cometários sobre o video:
Em 1964 Mandela tinha 43 anos quando foi preso, no mesmo dia que Marilyn Monroe foi encontrada morta, quando o muro de Berlim tinha sido erguido a menos de um ano e os russos tinham acabado de retirar mísseis atômicos de Cuba, era o auge da Guerra Fria.
A manifestação internacional para a liberdade de Mandela foi o que impediu sua execução.
Mandela era contra o uso de violência para defender sua causa, mas diante do regime fascista que era o Apartheid ele optou em usar a manifestação por meio de coação física e por isso foi preso.
Mandela poderia ter saído antes da prisão, mas ele se recusava e dizia que só sairia se o Apartheid fosse eliminado da África do Sul.
Mandela foi libertado com 73 anos de idade, ele ficou quase 30 anos preso em prol da sua causa, foi solto devido a grande pressão internacional e devido a promessa de concessões que o então presidente garantiu fazer a maioria negra e reprimida do país, sendo uma delas o direito de voto aos negros.

Vocabulário:


Fascismo= Sistema político nacionalista, imperialista, antiliberal e antidemocrático, liderado por Benito Mussolini (1883-1945) na Itália, e que tinha por emblema o feixe (em italiano = fascio) de varas dos antigos lictores romanos.

Apartheid= apartação, é uma forma de organização social em que cada grupo étnico se desenvolveria economicamente e socialmente em separado, no qual o Estado ajuda de forma diferenciada cada etnia (brancos, negros, mestiços, indianos) existente num local.
Sistema oficial de segregação racial que era praticado na África do Sul privilegiando a minoria branca.
Literatura sobre Mandela:
Nelson Rolihlahla Mandela foi um líder rebelde e, posteriormente, presidente da África do Sul de 1994 a 1999.
Principal representante do movimento anti-apartheid, considerado pelo povo um guerreiro em luta pela liberdade, era tido pelo governo sul-africano como um terrorista e passou quase três décadas na cadeia.
De etnia Xhosa, Mandela nasceu no pequeno vilarejo de Qunu, distrito de Umtata, na região do Transkei.
Aos sete anos, Mandela tornou-se o primeiro membro da família a freqüentar a escola, onde lhe foi dado o nome inglês "Nelson". Seu pai morreu logo depois, e Nelson seguiu para uma escola próxima ao palácio do Regente.
Seguindo as tradições Xhosa, ele foi iniciado na sociedade aos 16 anos, seguindo para o Instituto Clarkebury, onde estudou cultura ocidental.
Com 19 anos, em 1934, Mandela mudou-se para Fort Beaufort, cidade com escolas que recebiam a maior parte da realeza Thembu, e ali tomou interesse no boxe e nas corridas.
Após se matricular, ele começou o curso para se tornar bacharel em direito na Universidade de Fort Hare, onde conheceu Oliver Tambo e iniciou uma longa amizade.
Ao final do primeiro ano, Mandela se envolveu com o movimento estudantil, num boicote contra as políticas universitárias, sendo expulso da universidade.
Dali foi para Johanesburgo, onde terminou sua graduação na Universidade da África do Sul (UNISA) por correspondência.
Continuou seus estudos de direito na Universidade de Witwatersrand.
Como jovem estudante do direito, Mandela se envolveu na oposição ao regime do apartheid, que negava aos negros (maioria da população), mestiços e indianos (uma expressiva colônia de imigrantes) direitos políticos, sociais e econômicos.
Uniu-se ao Congresso Nacional Africano em 1942, e dois anos depois fundou com Walter Sisulu e Oliver Tambo, entre outros, a Liga Jovem do CNA.
Depois da eleição de 1948 dar a vitória aos afrikaners (Partido Nacional), que apoiavam a política de segregação racial, Mandela tornou-se mais ativo no CNA, tomando parte do Congresso do Povo (1955) que divulgou a Carta da Liberdade - documento contendo um programa fundamental para a causa anti-apartheid.
Comprometido de início apenas com atos não-violentos, Mandela e seus colegas aceitaram recorrer às armas após o massacre de Sharpeville, em março de 1960, quando a polícia sul-africana atirou em manifestantes negros, matando 69 pessoas e ferindo 180.
Em 1961, ele se tornou comandante do braço armado do CNA, o chamado Umkhonto we Sizwe ("Lança da Nação", ou MK), fundado por ele e outros.
Mandela coordenou uma campanha de sabotagem contra alvos militares e do governo e viajou para a Argélia para treinamento paramilitar.
Em agosto de 1962 Nelson Mandela foi preso após informes da CIA à polícia sul-africana, sendo sentenciado a cinco anos de prisão por viajar ilegalmente ao exterior e incentivar greves.
Em 1964 foi condenado a prisão perpétua por sabotagem (o que Mandela admitiu) e por conspirar para ajudar outros países a invadir a África do Sul (o que Mandela nega).
No decorrer dos 27 anos que ficou preso, Mandela se tornou de tal modo associado à oposição ao apartheid que o clamor "Libertem Nelson Mandela" se tornou o lema das campanhas anti-apartheid em vários países.Durante os anos 1970, ele recusou uma revisão da pena e, em 1985, não aceitou a liberdade condicional em troca de não incentivar a luta armada. Mandela continuou na prisão até fevereiro de 1990, quando a campanha do CNA e a pressão internacional conseguiram que ele fosse libertado em 11 de fevereiro, aos 72 anos, por ordem do presidente Frederik Willem de Klerk.
Nelson Mandela e Frederik de Klerk dividiram o Prêmio Nobel da paz em 1993.
Como presidente do CNA (de julho de 1991 a dezembro de 1997) e primeiro presidente negro da África do Sul (de maio de 1994 a junho de 1999), Mandela comandou a transição do regime de minoria no comando, o apartheid, ganhando respeito internacional por sua luta em prol da reconciliação interna e externa.
Ele se casou três vezes. A primeira esposa de Mandela foi Evelyn Ntoko Mase, da qual se divorciou em 1957 após 13 anos de casamento.
Depois casou-se com Winie Madikizela, e com ela ficou 38 anos, divorciando-se em 1996, com as divergências políticas entre o casal vindo a público.
No seu 80º aniversário, Mandela casou-se com Graça Machel, viúva de Samora Machel, antigo presidente moçambicano.
Após o fim do mandato de presidente, em 1999, Mandela voltou-se para a causa de diversas organizações sociais e de direitos humanos.
Ele recebeu muitas distinções no exterior, incluindo a Ordem de St. John, da rainha Elizabeth 2ª., a medalha presidencial da Liberdade, de George W. Bush, o Bharat Ratna (a distinção mais alta da Índia) e a Ordem do Canadá.
Em 2003, Mandela fez alguns pronunciamentos atacando a política externa do presidente norte-americano Bush.
Ao mesmo tempo, ele anunciou seu apoio à campanha de arrecadação de fundos contra a AIDS chamada "46664" - seu número na época em que esteve na prisão.
Em junho de 2004, aos 85 anos, Mandela anunciou que se retiraria da vida pública.
Fez uma exceção, no entanto, por seu compromisso em lutar contra a AIDS.
A comemoração de seu aniversário de 90 anos foi um ato público com shows, que ocorreu em Londres, em julho de 2008, e contou com a presença de artistas e celebridades engajadas nessa luta.
fonte:

40 anos de 1968 : Tropicalia

Maio de 1968




A Tropicália, Tropicalismo ou Movimento tropicalista foi um movimento cultural brasileiro que surgiu sob a influência das correntes artísticas de vanguarda e da cultura pop nacional e estrangeira (como o pop-rock e o concretismo); mesclou manifestações tradicionais da cultura brasileira a inovações estéticas radicais. Tinha também objetivos sociais e políticos, mas principalmente comportamentais, que encontraram eco em boa parte da sociedade, sob o regime militar, no final da década de 1960. O movimento manifestou-se principalmente na música (cujos maiores representantes foram Caetano Veloso, Torquato Neto, Gilberto Gil, Os Mutantes e Tom Zé); manifestações artísticas diversas, como as artes plásticas (destaque para a figura de Hélio Oiticica), o cinema (o movimento sofreu influências e influenciou o Cinema novo de Gláuber Rocha) e o teatro brasileiro (sobretudo nas peças anárquicas de José Celso Martinez Corrêa). Um dos maiores exemplos do movimento tropicalista foi uma das canções de Caetano Veloso, denominada exatamente de "Tropicália".
O movimento surgiu da união de uma série de artistas baianos, no contexto do Festival de Música Popular Brasileira promovidos pela Rede Record, em São Paulo e Globo, no Rio de Janeiro.
Um momento crucial para a definição da Tropicália foi o Festival de Música Popular Brasileira, no qual Caetano Veloso interpretou "Alegria, Alegria" e Gilberto Gil, ao lado dos Mutantes, "Domingo no Parque". No ano seguinte, o festival foi integralmente considerado tropicalista (Tom Zé aí apresentou a canção "São Paulo"). No mesmo ano foi lançado o disco Tropicália ou panis et circensis, considerado quase como um manifesto do grupo.

Durante a década de 1960, delinearam-se na música popular brasileira quatro grandes tendências:

a primeira era composta por alguns dos artistas que herdaram a experiência da Bossa Nova (ou seus próprios representantes), e compunham uma música que estabelecia relações com o samba e o cool jazz (grupo no qual pode-se inserir a figura de Chico Buarque);

um segundo grupo, reunido sob o título "Canção de Protesto", se recusava a aceitar elementos da música pop estrangeira, em defesa da preservação da cultura nacional frente ao imperialismo cultural, e via a canção, acima de tudo, como um instrumento de crítica política e social (neste grupo destaca-se a figura de Geraldo Vandré);

um terceiro grupo, interessado em produzir um tipo de música que possuía forte influência do rock inglês e norte-americano, tão em voga no mundo daquele período, e que aqui no Brasil ficou conhecido como iê-iê-iê ou Jovem Guarda (neste grupo destacam-se artistas como Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléia).

e finalmente um quarto grupo, especialmente dedicado a promover experimentações e inovações estéticas na música formado justamente pelos artistas tropicalistas.

MÚSICA: TROPICÁLIA- Caetaneo Veloso




MÚSICA: SALVE, SALVE - Caetaneo Veloso




MÚSICA: PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE FLORES - Geraldo Vandré





fonte:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Tropic%C3%A1lia
site da globo

Explicação do video "As crises econômicas do século XX"

As crises relatadas:

1- Crise de 29 = pós-primeira guerra mundial atingiu os EUA e o mundo.

2- Plano Marshall= pós- segunda guerra mundial, apoio aos países para mostrar que eles poderiam se reerguer.
Alemanha e Japão tiveram sucesso para se reerguer.
Após a segunda guerra a Itália e a franca ficaram muito atraídas ao comunismo.
Bretton Woods, pais nos Estados Unidos = 45 países se reuniram para planejar a economia do mundo pós- Segunda Guerra Mundial, com isso surgiu o Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional, pois tinham medo de uma nova recessão.
Na década de 70 esse acordo rui quando foi rompida a conversibilidade do dólar ao padrão ouro, foi na época do governo Nixon, o dólar tinha um valor estabelecido ao ouro, adotou-se assim o sistema de cambio flutuante, iniciando-se um período de liberação financeira, onde os capitais do mundo puderam se deslocar com mais fluidez de um lugar para outro.

3- Crise do petróleo em 73 = é uma crise de mudança de preços relativos, na qual o petróleo ficou concentrado na mão de poucos produtores que formaram um cartel (acordo entre empresas independentes para atuação coordenada, no sentido de restringir a concorrência e elevar preços). Os países que dependiam muito deste tiveram que pagar bem mais para obtê-lo.

4- petrodólares= massa de riqueza no mundo, que estava concentrada na mão de poucos e precisava ser aplicada em algo rentável, então os sistemas bancários internacionais acabaram emprestando dinheiro aos países em desenvolvimento, entre eles o Brasil.

5- Crise da divida externa= dinheiro que o Brasil recebeu, mas que não gerou retorno para pagar os juros. O México (1982) na mesma situação que o Brasil sofreu muito com esta crise que foi sobrevivendo com o uso de moratórias (suspensão e prolongação da exigibilidade das dívidas de um dado grupo de devedores).

6- Crise de 29 e a Crise japonesa de 89 foram as crises que mais marcaram o século 20.
A crise japonesa de 89 ocorreu porque as ações de Hong Kong estavam supervalorizadas, mas o que não correspondia com a situação de fato, gerando uma crise em diversos países no mundo.

7- Crise da bolha da internet (2000) = uma valorização das ações das empresas dessa área que pareciam muito promissoras, mas que não tinham expectativas de serem rentáveis. Esta crise atingiu diversos países, principalmente as empresas ligadas a internet.

vocabulário:
Homicídio=morte de uma pessoa particular por outrem, assassínio (ato de assassinar)
Provinciano= atrasado, superado.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

When you're gone - Avril Lavigne




I always needed time on my own
I never thought
I'd need you there when I cry
And the days feel like years when I'm alone
And the bed where you lie
Is made up on your side
When you walk away
I count the steps that you take
Do you see how much I need you right now?
When you're gone
The pieces of my heart are missing you
When you're gone
The face I came to know is missing too
When you're gonethe words
I need to hearto always get me through the day
And make it ok
I miss youI've never felt this way before
Everything that I do
Reminds me of you
And the clothes you left, they lie on the floor
And they smell just like youI love the things that you do
When you walk away
I count the steps that you take
Do you see how much I need you right now?
When you're gone
The pieces of my heart are missing you
When you're gone
The face I came to know is missing too
When you're gone
All the words I need to hearto always get me through the day
And make it ok
I miss you
We were make for each other
Out here forever
I know we were
Yeah...All I ever wanted was for you to know
Everything I do I give my heart and soul
I can hardly breathe
I need to feel you here with me
Yeah...When you're gone
The pieces of my heart are missing you
When you're gone
The face I came to know is missing too
When you're gone
All the words
I need to hear
will always get me through the day
And make it ok
I miss you
fonte:
tradução:

60 anos da rendição da Alemanha Nazista

As crises econômicas do século XX

Retrospecto das crises econômicas mundiais ocorridas no século XX. Como o mundo conseguiu se recuperar de cada uma delas? O professor de história do pensamento econômico, Eduardo Giannetti, analisa.




Especial Segunda Guerra Mundial: programa 1

Veja a situação da Alemanha no pré-guerra, após a derrota na 1ª Guerra Mundial. Liderada por um governo autoritário, que prometia um país poderoso e forte, alimentava o sentimento de vingaça.




Especial Segunda Guerra Mundial: programa 2

Após o ataque inesperado dos japoneses nos EUA, o presidente Rooselvelt pede estado de guerra. Hitler toma a iniciativa e declara guerra contra o país. Histórias de pessoas que presenciaram a batalha.



fonte: Programa N- texto e videos

http://globonews.globo.com/Jornalismo/Gnews/0,,3289-p-A-1683149,00.html

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

40 anos do ano de 1968- Ano que fez história

1968. Um ano de transformações. Defesa dos direitos civis. Assassinatos de Martin Luther King e de Robert Kennedy. Protestos contra a Guerra do Vietnã. Movimentos Estudantis. Recrudescimento da ditadura no Brasil. Desejo de liberdade sexual. O mundo se expressava com fervor.


Videos e textos abaixo tirados deste site, esse especial feito pelo programa Arquivo N.


Somos jovens e queremos mudar o mundo

O primeiro programa sobre o ano de 1968 traz os desafios e urgências de mudança da época. O conflito entre velhos padrões e novos desejos, a cultura hippie e a Guerra do Vietnã transmitida pela TV.





Quando a rua faz história

O segundo episódio da série sobre o emblemático ano de 1968 destaca a rua como palco de inúmeras mudanças. Foi na rua que se fez a história em muitos países - inclusive no Brasil. Os estudantes tomaram a palavra, movidos por muitos desejos, e foram à luta. A palavra teve diversos significados.




Quando as diferenças fazem história

O terceiro episódio da série sobre 1968 trata da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos e da emancipação feminina. O ano virou uma personagem do século 20, já que tantos fatos surpreendentes acabaram por formar um mosaico de novidades.
Era um mundo jovem, ávido por mudanças urgentes. Mas também era um mundo de radicalismos, como os assassinatos dos americanos Martin Luther King e Robert Kennedy. Veja reflexões sobre os desejos de mudanças que se concretizaram, como o caminho das mulheres por uma voz mais ativa. E os desejos interrompidos pela violência.




Quando as heranças fazem a história

O último programa da série 1968 - 40 anos depois discute que heranças os movimentos sociais daquele emblemático ano ainda permanecem nos dias de hoje. No Brasil, a ditadura endureceu e fez com que muitos partissem para o exílio. Não perca!


Audio do Arnaldo Jabor - dia 21/10/08, dia 17/10/08 e dia 20/10/08

'Bush sempre errou o alvo de seus ataques'




'Mesmo se houver novo Bretton Woods, outra bolha virá'


'Prefeituras podem ser as células-tronco de um país infeccionado pelo clientelismo e um aliancismo torpe'

Arnaldo Jabor falando sobre o caso Eloá - não preciso falar mais nada




Existem tragédias súbitas e tragédias lentas, que se formam aos poucos.
Durante as 100 horas do cerco dava para ver os indícios de alguma coisa terrível que estava a caminho.
Era visível a movimentação lenta da polícia. Não era alerta, era burocrática, sem imaginação…
Dava para ver a falta de comando, sem um plano concreto de ação, os policiais enrolados por um jovem maluco…
Vimos momentos desperdiçados para a invasão: a fraqueza da madrugada, nenhuma tática de desorientação do criminoso…
E a tragédia foi crescendo… Não havia uma micro-câmera que numa janela, mostraria a porta bloqueada…Quando a refém libertada voltou, ficou claro que subestimavam o seqüestrador, como se fosse assunto de adolescentes em crise…
Até que a invasão se deu. Atrapalhada. Tardia. A escada da janela era curta e ninguém tinha visto…
Ai a bala saiu. Agora lançam a duvida. O tiro foi antes ou depois da invasão? Nas gravações existentes não se ouve tiro antes… Mas os policiais nao podem falar…
Esta bala nao foi deflagrada só pelo assassino. O que disparou esta bala foi também o gatilho da falta de dinheiro, da falta de treinamento, de equipamentos e da falta de inteligência.
Esta bala selou o último ato de mais uma evitável tragédia brasileira.

domingo, 19 de outubro de 2008

Cineastas brasileiros em destaque - Nossos orgulhos


Fernando Meirelles
(São Paulo, 11 de setembro de 1955) é um cineasta brasileiro que ganhou notoriedade internacional pela direção do longa-metragem Cidade de Deus em 2002. Também é reconhecido pela direção de The Constant Gardener, de 2005 e da versão cinematográfica do romance Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago, intitulado Blindness. É um dos poucos brasileiros que têm direito de votar no Óscar.

Filmografia:

2008 - Blindness (Ensaio Sobre a Cegueira)
2005 - The Constant Gardener (O Jardineiro Fiel)
2002 - Cidade de Deus
2001 - Domésticas
2001 - Palace II (curta-metragem)
1998 - Menino Maluquinho 2 - A Aventura
1998 - E No Meio Passa um Trem (curta-metragem)
1983 - Garotos do Subúrbio (curta-metragem)
1983 - Brasília (curta-metragem)



Bruno Barreto
(Rio de Janeiro, 16 de março de 1955) é um cineasta brasileiro.
Sua atuação como diretor veio aos 19 anos, quando dirigiu Dona Flor e Seus Dois Maridos, com Sônia Braga ao lado de José Wilker e Mauro Mendonça.
Ao combinar humor e sensualidade com doses certas, contou a história baseada no romance de Jorge Amado, e como resultado foi um grande sucesso nacional e reconhecido pela crítica. Lançado em 1976, Dona Flor se transformou no maior sucesso nacional de público com doze milhões de espectadores, só perdendo a liderança na década de 90 com o lançamento do longa-metragem Titanic, observe-se que apesar de um grande número de público a arrecadação não atingiu 10% do faturamento do filme Titanic.
Em 1996, volta para o Brasil para dirigir O Que é Isso Companheiro?, com grande elenco formado por Fernanda Torres e Pedro Cardoso, entre outros. Foi indicado ao Oscar na categoria Melhor Filme Estrangeiro.
Ao retornar à cidade natal filmou e dirigiu a comédia romântica Bossa Nova em 2000), tendo o Rio e a música popular brasileira dos anos 60 como elementos centrais da história e contando com talentos como Amy Irving e Antônio Fagundes.

Filmografia:

2008 - Última Parada 174
2004 - O Casamento de Romeu e Julieta
2002 - View from the Top (Voando alto)
2000 - Bossa Nova
1998 - One Though Cop (Entre o dever e a amizade)
1997 - O que É Isso, Companheiro?
1995 - Carried Away (Atos de Amor)
1992 - The Heart of Justice (O Coração da Justiça) - filme para TV
1990 - A Show of Force (Assassinato sob Duas Bandeiras)
1987 - Romance da Empregada
1986 - Além da Paixão
1986 - Três Amigos Nunca se Separam - curta-metragem
1984 - O Beijo no Asfalto
1982 - Gabriela, Cravo e Canela
1979 - Amor Bandido
1978 - Dona Flor e Seus Dois Maridos
1974 - A Estrela Sobe
1972 - Tati, a Garota
1971 - Emboscada - curta-metragem
1971 - A Bolsa, a Vida - curta-metragem
1970 - Este Silêncio Pode Significar Muita Coisa - curta-metragem
1969 - Divina Maravilhosa - curta-metragem
1968 - Dr. Strangelove and Mr. Hyde - curta-metragem
1967 - Bahia, à Vista - curta-metragem

José Padilha

Cineasta, documentarista e produtor cinematográfico brasileiro. Seu primeiro longa-metragem como diretor, Ônibus 174 (2002) tenta reconstituir um episódio violento do Rio de Janeiro, o seqüestro de um ônibus que terminou em tragédia. Foi produtor do filme Tanga - Deu no New York Times (1987), dirigido por Henfil, e trabalhou na viabilização financeira de Boca de Ouro , de Walter Avancini. Escreveu e produziu o documentário Os carvoeiros (1999), dirigido por Nigel Noble. Dirigiu e produziu ainda o documentário para TV Os pantaneiros. Produziu Estamira, documentário dirigido por Marcos Prado, sobre uma mulher esquizofrênica que há mais de duas décadas trabalha e vive em um aterro sanitário no Rio de Janeiro. Em 2005 iniciou a preparação de Fome, documentário sobre a trajetória de uma família mineira que mostra de que forma os indivíduos lidam com a fome no cotidiano.
Em 2007 lançou Tropa de Elite, sua primeira ficção. O filme, que foi pirateado quase dois meses antes da estréia, ganhou grande repercussão e estima-se que 11 milhões de pessoas tenham assistido ao DVD pirata. Nos cinemas, o filme conquistou o maior número de espectadores no Ranking nacional 2007. Em 15 de fevereiro de 2008 ganhou o Urso de Ouro, em Berlim, pelo seu filme Tropa de Elite.
Seus próximos projetos na Zazen são dois longas em co-produção com a Paramount, Paraísos artificiais, a ser dirigido por Marcos Prado em 2009, e Nunca antes na história deste país, sobre a cena política nacional, que dirigirá em 2010.

Filmografia:

Walter Moreira Salles Jr.

(Rio de Janeiro, 12 de abril de 1956)
Salles lançou Central do Brasil, inaugurando a era dos filmes brasileiros de vultuosa bilheteria no país. O longa-metragem, aclamado por crítica e público por aqui, também ajudou a mudar o estigma de 'pornochanchada' que havia colado à imagem do que era produzido no pais.

Filmografia:

2009: On the Road (pré-produção)
2008: Linha de Passe
2006: Paris, je t'aime (segmento 10)
2005: Água Negra (Dark Water)
2004: Diários de Motocicleta (The motorcycle diaries)
2002: Castanha e Caju contra o Encouraçado Titanic (curta-metragem)
2001: Abril Despedaçado
1999: Adão ou Somos Todos Filhos da Terra (curta-metragem)
1998: O Primeiro Dia
1998: Central do Brasil
1995: Terra Estrangeira
1995: Socorro Nobre (curta-metragem)
1991: A Grande Arte
1989: Chico ou o País da Delicadeza Perdida
1987: Franz Krajcberg: o Poeta dos Vestígios
1986: Japão, uma Viagem no Tempo: Kurosawa, Pintor de Imagens
FONTES: