quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Uma verdadeira princesa


Como falei no post anterior sobre esse conto, achei ele aqui para quem não o conhece e para quem quer rele-lo, que também é conhecido como A princesa e o grão de ervilha. o conto é de Hans Christian Andersen, infelizmente não consegui achar seu ano de publicação.

Divirtam-se!


Num país muito longínquo, havia um príncipe que só queria casar com uma verdadeira princesa. Deu a volta ao mundo em busca de uma e, apesar de não faltarem princesas, nunca tinha confiança na antigüidade da sua nobreza; sempre havia nelas qualquer coisa que lhe parecia suspeito. Isto deu em resultado voltar para o seu país muito desgostoso por não ter encontrado o que desejava.
Certa noite, fazia um tempo horrível; os relâmpagos cruzavam-se no céu, o trovão ribombava, a chuva caía em torrentes. Bateu alguém à porta do palácio e o velho rei apressou-se em mandar abrir. Era uma princesa que vinha fugindo, perseguida por alguns rebeldes do seu país que acabavam de destronar a família real. Mas, Deus!, de que maneira a tinham posto a chuva e a tempestade! A água escorria-lhe pelo vestido. No entanto, apresentou-se como uma verdadeira princesa, sem faltar a uma só das regras de etiqueta palaciana. "Daqui a pouco saberemos se és ou não uma verdadeira princesa", pensou a velha rainha.
Em seguida, sem dizer nada a ninguém, entrou num quarto, desfez a cama e pôs uma ervilha sobre as tábuas. Depois estendeu vinte colchões sobre a ervilha e ainda mais vinte edredons que colocou em cima dos colchões. Era aquela a cama destinada à princesa. Na manhã seguinte, a rainha entrou no quarto em companhia do filho, e ambos lhe perguntaram com grande interesse como tinha passado a noite. - Muito mal. - ela respondeu. - A noite toda quase não fechei os olhos! Havia nesta cama qualquer coisa que me deixou machucada.
Por esta resposta, os reis e o príncipe se convenceram de que ela era uma verdadeira princesa. O príncipe casou com ela, e a ervilha foi mandada para um museu, onde ainda se deve conservar sob uma urna de cristal, se ninguém a furtou...


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