quarta-feira, 22 de abril de 2009

ÁFRICA: Continente Esquecido

África
Durante o período do neocolonialismo a África foi dividida, em fronteiras artificiais de acordo com os interesses europeus. Portanto, grande parte dos conflitos existentes na África, são originados por problemas de território, uma vez que as delimitações das fronteiras dos países africanos foram estabelecidas por colonizadores que não levaram em consideração a identidade e tradição tribal confrontando assim, as etnias dentro do continente.Tribos aliadas foram separadas e tribos inimigas foram unidas. As conseqüências dessa divisão são as condições de fome, guerras civis e epidemias, na qual vive grande parte da população africana.
Mapa da Africa
A África Subsaariana corresponde à região sul do deserto do Saara.
Ao norte encontramos uma organização sócio-econômica muito semelhante à do Oriente Médio formando um mundo islamizado, ao sul temos a chamada África negra, assim denominada pela predominância de povos de pele escura, nesta região encontra-se os piores indicadores sociais.Os principais problemas são: Fome, Guerras civis, Epidemias e Questões ambientais.

Pirâmides

Os primeiros seres humanos surgiram na África, os mais antigos fósseis de hominídeos
foram encontrados no continente africano e tem cerca de cinco milhões de anos.
O Egito foi provavelmente o primeiro estado a se formar no continente há cerca de 5000 anos, além disso, os africanos foram procurados desde a antiguidade por povos de outros continentes que buscavam as suas riquezas como sal e ouro. Sua divisão territorial é muito recente. Realizou-se em meados do século XX, e resultou na descolonização européia.
Apesar de se registrarem atualmente na África muitos conflitos de caráter político, a
grande maioria dos países possui governos democraticamente eleitos. No entanto, as eleições são frequentemente consideradas “sujas” devido ás fraudes tanto internamente como pela comunidade internacional
, já que existem países em que o presidente ou o partido governamental se encontra no poder a vários anos.

Balbuinos

A ciência diz que a África foi de onde nós viemos. África, local da origem do homem. Os fósseis humanos mais antigos, datados de 200 mil anos, foram encontrados no continente africano. Mas que continente é esse hoje? De vários rostos. São quase 950 milhões de habitantes em 53 países que falam cerca de mil idiomas. Há pouco tempo, na segunda metade do século XX, a maioria dessas nações ainda era colônia. Ingleses, franceses, alemães, portugueses, espanhóis, italianos, holandeses e belgas deixaram suas marcas. A independência recente veio junto com problemas econômicos, miséria e conflitos. E, nos últimos anos, crescimento em alguns países. Hoje, a África é sinônimo de contraste. Paisagens lindíssimas, algumas conhecidas em todo o planeta. Economias emergentes e riqueza convivem com tragédias humanitárias. De cada dez africanos, quatro vivem abaixo da linha da pobreza, segundo as Nações Unidas.

Apartheid
Hoje, há 16 países com conflitos. Piratas do século XXI, na Somália, guerra civil no Sudão. São cerca de nove milhões de refugiados na África. Política, religião, etnias diferentes. A origem dos conflitos tem varias causas.

Apartheid

Zimbabuanos sorriem mesmo à beira do caos

O sistema de saúde não existe, a expectativa de vida é de 37 anos, a economia ruiu, mas eles não deixam de sorrir nos campos de refugiados sonhando com dias melhores na vizinha África do Sul.

Sorrisos são muitos na fronteira entre o Zimbábue e a África do Sul, embora não haja motivos para se exibir rostos felizes. Não fosse o que move todos: a esperança. Esta é a África dos contrastes. Joanesburgo, maior cidade sul-africana, é a mais rica de todo o continente e a apenas 500 quilômetros está um país falido: o Zimbábue. Robert Mugabe foi o herói da independência. No poder há 29 anos, conduziu seu povo ao caos. Sistema de saúde não existe. Isso diante de uma epidemia de cólera, que já matou 3 mil pessoas e contaminou outras 60 mil. A expectativa de vida é de apenas 37 anos. A economia ruiu, a inflação é de 98% ao dia, o que cria monstros como uma nota cheia de zeros. São cinco bilhões de dólares zimbabuanos. "Não se compra nada com isso", diz uma mulher. De tão desvalorizado, o dólar zimbabuano acaba de ser extinto.

AIDS
Oito de cada dez pessoas estão desempregadas. Só há uma saída: ir embora. Do outro lado da margem do Rio Limpopo está o Zimbábue. Nos últimos anos, três milhões de zimbabuanos, segundo estimativas, nadaram pelo rio, passaram por grades e entraram ilegalmente na África do Sul em busca de uma vida melhor. Musina, no lado sul-africano, fica a apenas 13 quilômetros de Beitbridge, no Zimbábue. Um campo de refugiados é a porta de entrada dos zimbabuanos. Eles dormem na rua, não tem comida, água. Homens e mulheres à mercê da sorte e em busca de um visto de residente. Um homem era mecânico no Zimbábue, agora não tem nada.
Ao chegar a Joanesburgo, os zimbabuanos percebem que o futuro não será fácil. Chegaram numa cidade rica, mas estão tão perto e ao mesmo tempo tão longe de uma oportunidade. Ainda assim, é melhor do que ficar no Zimbábue. Enquanto Mugabe não sai do poder, enquanto as soluções não aparecem, os zimbabuanos seguem lutando com o que tem e o que lhes dá força: um simples sorriso.

AIDS
Atrações turísticas pouco exploradas na África
Animais como babuínos ou pinguins africanos e plantações de uva para a produção do vinho que já ganha o mercado mundial mostram que a África pode ser surpreendente aos olhos e ao paladar também.
Pirâmides, safáris, paisagens exóticas. Apesar de lindos cenários, a África ainda é pouco visitada: recebe apenas 5% dos turistas do mundo. Em 2008, 46 milhões de pessoas vieram ao continente, oito milhões delas para o Egito. Em segundo lugar, a África do Sul, com quase sete milhões. E é neste país que o turista pode encontrar uma face desconhecida do continente. Na Cidade do Cabo, próximo ao Cabo da Boa Esperança, que separa os oceanos Índico e Atlântico, e uma praia esconde algo raro: pinguins.
Cólera
Pinguins africanos, uma espécie ameaçada. São apenas 1,8 mil. No local, encontram o que gostam: verão brando, inverno rigoroso e água fria no mar. A 80 quilômetros da Cidade do Cabo, outra paisagem que foge ao estereótipo da África: plantações e plantações de uva. São mais de 600 vinícolas, 800 quilômetros de terras cultivadas na área de Stellenbosch, a capital do vinho. Uma história que começou há muito tempo. O primeiro vinho sul-africano foi produzido por um holandês, há 350 anos. Mas não era de boa qualidade. Até que no fim do século XVII, famílias francesas vieram morar na região e ensinaram a maneira adequada de se plantar a uva. Nascia uma tradição, que no século XXI, a cada ano, ganha mais força. A presença francesa deixou marcas. Franschoek é uma cidadezinha de 20 mil habitantes, onde tudo lembra a França: as placas em francês, a arquitetura.

Cólera
Com o fim do Apartheid, há 19 anos, as sanções comerciais abrandaram e a África do Sul passou a exportar o vinho. Hoje, o país é o nono produtor mundial e compete com Austrália e Chile no que é chamado de mercado do novo mundo. Não é petróleo. Mas os sul-africanos passaram a ver um líquido precioso jorrando. Junto com ele, vieram também em abundância empregos e faturamento. São 250 mil pessoas trabalhando nas fazendas. O vinho contribui com 10% do Produto Interno Bruto da África do Sul, a soma de tudo o que é produzido no país. "Temos invernos frios e chuvosos e verões secos e quentes. O que é ótimo para o solo e para evitar pragas. O clima é ótimo", explica Chris Williams, gerente de uma das principais vinícolas do país. O sucesso atrai turistas à região. Eles veem de perto o quanto a África pode ser surpreendente aos olhos e ao paladar também.

Genocídio Ruanda
A migração perigosa dos africanos
Conheça a cidade de Tanger, no Marrocos, que está a apenas 14 quilômetros da Espanha e é um pólo de imigração de todo o continente africano.
Trezentos e quarenta e dois imigrantes clandestinos chegam diariamente de barco à ilha de Lampedusa, na Itália. O grupo é originário do norte da África. Normalmente, cobra-se o equivalente a R$ 2 mil para levar um imigrante ilegalmente até a Europa. Muitos tentam ir de carro mesmo. A 50 quilômetros de Tanger, fica Ceuta, um enclave espanhol dentro do Marrocos. Território europeu, um pequeno pedaço de terra que virou o Eldorado para muitos africanos. Aqui não é o único lugar. Há outras rotas. Do sul do Marrocos até as Ilhas Canárias, também território espanhol, ou do litoral da Tunísia ou da Líbia até a Itália.

Genocídio Ruanda
Só no ano passado, 15 mil africanos chegaram ilegalmente à Itália e 31 mil à Espanha. O que leva a esse sacrifício tem várias razões.
A primeira delas, a pobreza. Segundo as Nações Unidas, os 20 piores países para se viver no mundo são africanos.
O continente é onde há o maior número de casos de AIDS. Em alguns países, como a África do Sul, de cada 100 pessoas, 18 tem o vírus HIV.
Além da pobreza, o grande número de conflitos é o maior causador do fluxo de imigrantes.
O Sudão é a nação-símbolo desses problemas. A religião foi a principal causa de uma guerra civil que dizimou dois milhões de pessoas. Muitos conflitos tiveram origem étnica.
Cidadãos do mesmo país, mas de tribos de diferentes. O que provocou um dos capítulos mais dramáticos da África, o Genocídio de Ruanda, há 15 anos: 1 milhão de mortos.
A instabilidade está ainda em muitos países, como a República Democrática do Congo.
Na Somália, um país sem governo, ameaçado por piratas que atacam embarcações comerciais de outros países que passam pelo litoral somali.
São nove milhões de refugiados na África. Entre viver num campo e arriscar uma fuga para uma nova vida, milhares ficaram e ficam com a segunda opção. A Europa colonizou a África até a primeira metade do século XX. Agora, vem recebendo a conta. E ela é numerosa e difícil de ser paga.
Genocídio Ruanda
Angola, onde o Brasil está mais presente na África
Lagos, maior cidade da Nigéria. No meio dessas ruas está escondida uma relação histórica com o Brasil. A placa diz: Bairro Brasileiro. A arquitetura é parecida com a do nosso período colonial. Herança de antigos escravos na Bahia e no Rio de Janeiro que resolveram voltar para a terra dos antepassados quando ganharam a liberdade.
A culinária também ganhou novos atrativos e os nomes soam familiares. Tem nomes brasileiros, mas não falam português. Emanuel Vera Cruz, um senhor de 80 anos, mostra com orgulho sua árvore genealógica. "Meu tataravô veio do Brasil", diz ele.
No Benin, há o Museu dos Souza, também sobre os retornados, como são chamados os escravos libertados que vieram para a África. E, em Gana, há a comunidade Tá Bom, em homenagem aos brasileiros.
Pinguin africano
Essa é uma influência deixada pelo Brasil no fim do século XIX. Mas e no início do século XX? Onde o nosso país está presente na África? Nada se compara ao que acontece em Angola. Música, Novelas. Cultura brasileira em doses diárias. À noite, famílias angolanas param diante da TV. “Vejo todas as novelas. De Malhação até o Caminho das Índias". “Eu lembro perfeitamente, pequenina, assistindo às novelas brasileiras naquela época, na década de 70, como, por exemplo, Gabriela, Bem Amado”, conta a historiadora Anabela Cunha.

Pirata somaliano

Angola é um contraste. Tem um dos piores Índices de Desenvolvimento Humano, segundo as Nações Unidas. Angola está na posição 157 de 179 nações avaliados.
Em contra-partida, desde 2002, o crescimento econômico é incrível. Ano passado foi de 16%.
Depois de 25 anos guerra civil, Angola está renascendo. Obras para todos os lados. Esse cenário de reconstrução em Luanda tem uma grande participação do Brasil. São 40 mil brasileiros trabalhando em Angola, nas mais diversas áreas. Estradas, ruas, prédios. Onde há uma obra, há um brasileiro. “Eu acho que o Eldorado do mundo hoje é Angola, Luanda. Quero ver como vai ficar isso aqui daqui a 30 anos”, projeta o empresário Mário Corrêa.
A transformação é rápida. Há dois anos, shopping center não existia em Luanda. É administrado por brasileiros. Um sucesso. “A gente tem durante a semana um fluxo entre 10, 11 mil pessoas e, aos fins de semana, quase 30 mil pessoas”, conta Irmala Souza, gerente de marketing.
Futebol? Não poderia faltar um brasileiro. Marinho Peres, ex-zagueiro da Seleção na Copa de 74, é o técnico do ASA, de Luanda. “É um povo muito alegre. Honestamente, é como seu eu tivesse no Brasil, no Rio de Janeiro”.
Os brasileiros estão ajudando a mudar a paisagem, a mudar a infraestrutura da cidade e a mudar pequenos detalhes: salão de beleza lotado. Todas querem o que chamam de "cabelo brasileiro". “Quando eles falam de cabelo brasileiro, eles falam de cabelo liso. É o famoso cabelo bonito”, diz a gerente Hainê Marques. O oceano que separa Brasil e Angola parece nem existir. A distância diminuiu de tamanho. É bom saber que temos irmãos na África.

Sudão
Sul-africanos tiveram quarta eleição após Apartheid
São 15 anos desde eleição que levou Nelson Mandela ao poder e marcou o fim do Apartheid. Hoje, negros e brancos convivem, se respeitam, mas a sombra do preconceito ainda existe.
Pelas ruas, se misturam os dois eventos que vem mexendo com a África do Sul: A Copa das Confederações, prévia da Copa do Mundo, e as eleições que foram realizadas a pouco tempo atrás.
Sudão
Negros frequentam bairros onde moram brancos, mas o contrário não acontece ainda. Basta andar pelas ruas do centro de Joanesburgo ou de Soweto, bairro símbolo da libertação dos negros. Até no esporte isso ainda se reflete. A entrada de um jogo de críquete, por exemplo, maioria de brancos. Já olhando para uma arquibancada em um jogo de futebol, é fácil perceber qual é a paixão dos negros.

Sudão

Aos poucos, novos comportamentos na sociedade sul-africana vão aparecendo.
O que era crime há 20 anos hoje se torna o símbolo de como o país mudou. Eleni, de 22 anos, e Duinti, de 27, são namorados. Casal multirracial, algo ainda raro, mas não impossível de se ver. "O país mudou, mas não mudou tanto. Ainda há obstáculos, os olhares, as barreiras. Muitos acham normal, mas há algumas pessoas que não gostam mesmo", diz Eleni, que teve a reprovação da irmã mais velha quando disse que namorava um negro. "Meus pais aprovaram, mas fazem piada comigo. Ah, está com uma branca...", conta Duinti.
Ambos nasceram nos últimos anos do Apartheid. Na infância, sequer tiveram amigos de outra cor. "Parece loucura pensarmos que era proibido um casal como nós. Mas nosso país era assim. Agora, somos o que nosso país é e passará a ser", conta Duinti. Quando os filhos desses novos casais vierem, a África do Sul terá dado mais um passo importante na democracia racial - a miscigenação.

Nelson Mandela
Quando se fala em África logo pensamos na fome e na grande epidemia da AIDS, que
juntas são pioradas pela falta de água
. Esses problemas em conjunto assolam o continente africano, provocando mais pobreza e desprezo de grandes governantes do mundo, que fecham os olhos diante da realidade existente na África.

Angola
AIDS

A situação provocada pela Aids é catastrófica, combinada com a pobreza e a falta de
informações tem provocado uma tragédia de números inacreditáveis. A própria agência das Nações Unidas para a Aids, Unaids, já considera inevitável nos próximos dez anos a morte de todas as pessoas hoje portadoras do vírus no continente africano.
O número de infectados com HIV na África Subsaariana é maior que 28 milhões.
A África do Sul, mesmo sendo o país mais rico do continente, não ficou fora da epidemia da Aids. Em pouco mais de uma década, a África do Sul constatou 2,9 milhões de casos, deixando um rastro de 360 mil mortos.
Safari
Atingindo principalmente a população negra e pobre, essa doença prejudica a economia dos países africanos. O Produto Interno Bruto (PIB) da África do Sul, por exemplo, será 17% menor em dez anos por causa da Aids. Empresas de vários países calculam perder entre 6% e 8% dos lucros em gastos com funcionários contaminados.
Segundo especialistas a razão pela qual o HIV se alastre de uma forma tão rápida, é a
falta de vontade política dos governantes de lidar com a doença e de tocar em assuntos tidos como tabu para a maioria das culturas africanas, como o sexo, homossexualismo e camisinha.

Safari

Muitos africanos ignoram o que seja a Aids. Eles acham que a doença é causada apenas pela pobreza, por bruxaria, inveja ou por maldição de espíritos antepassados. Esses mitos aumentam o estigma em torno da Aids, mantida em segredo por doentes e familiares devido ao preconceito e ao isolamento a que são submetidos na comunidade. Além disso, relataram-se diversos casos nos quais africanos homossexuais tiveram tratamentos negados ou foram ridicularizados, mostrando a dupla discriminação, por serem homossexuais e soropositivos.

Safari

Um grande contraste é que as causas da pandemia também estão na política. Mesmo
com um PIB per capita de U$ 10,7 mil, na África do Sul quase 22% da população adulta é portadora do HIV.
Em Uganda, com PIB per capita de U$ 1,8 mil, a prevalência do vírus entre adultos reduziu-se de 12% para 4% na ultima década.
A diferença entre esses países é que a Uganda forneceu coquetéis as gestantes e investiu em saneamento básico, garantindo a segurança da mistura do leite em pó e água aos bebes de mães portadoras do vírus.
A epidemia de Aids na África tem efeitos similares aos de uma guerra, vitimando
principalmente adultos. Mas, diferente da guerra, a Aids atinge homens e mulheres em proporção semelhante. Do ponto de vista demográfico, ela tende a produzir sociedades de adolescentes órfãos.

Safari

Fome

Segundo as Nações Unidas, mais de trinta milhões de pessoas em 24 países da África
Subsaariana estão passando fome devido a problemas que vão desde guerras, clima seco a crises econômicas.
Doze milhões de pessoas na região sul da África necessitam imediatamente de ajuda, depois de uma pobre colheita de cereais.


O período entre dezembro a março é conhecido como "Estação da fome".
Esse é o tempo que precede a colheita, devido à ausência de alimentos nos armazéns, as famílias passam a fazer uma refeição por dia.
Os efeitos da "Estação da fome" não são novos, mas recentemente têm se agravado com o aumento de conflitos étnicos, HIV/AIDS e a pobreza crônica que amplia fatores ambientais como a seca.
Muitas comunidades não têm recursos para sobreviver a esses fatores.
A fome é um das piores problemas da África, se não o pior.

A seca e outros desastres naturais em muitas partes do continente intensificaram a falta de comida, mas pobreza é a causa real desse empasse. Para piorar as melhores terras agrícolas foram tomadas para crescer café, cana de açúcar, chocolate, e outras colheitas de exportação que foram vistas como o meio de desenvolvimento econômico de acordo com a teoria neoclássica de vantagem comparativa.

Fundos privados de governo foram investidos para desenvolver estas colheitas
de dinheiro, enquanto produção de alimento para a maioria pobre foi negligenciada. Usar a melhor terra para agricultura de exportação degradou o ambiente e empobreceu a população agrícola rural, forçando muitos trabalhar em plantações .

Visto do alto: o Cabo da Boa Esperança
Um grande mito em relação à fome africana é falar que a mesma é causada pela população excedentária. Se fosse por esse motivo esperaríamos achar fome em países densamente povoados como Japão e os Países Baixos e nenhuma fome em países esparsamente povoados com Senegal e Zaire, onde alias, deficiência de nutrição é muito comum.

Antártida? Não, pinguins africanos.
Em relação à ajuda estrangeira, os EUA doam grandes quantias de alimento para a
África. Mas enquanto é essencial ajudar as pessoas em necessidade, devemos lembrar que essa ajuda de alimento, no melhor dos casos, só trata os sintomas de fome e pobreza, não suas causas.

Europa? Não, são vinícolas africanas.
ÁGUA

Além das guerras étnicas, a África corre outro grande risco: a disputa pela água para
assegurar o suficiente para o povo e seus animais.
Uma catástrofe que pode agravar ainda mais os sofrimentos do povo africano.

Recepção: babuínos dão as boas-vindas no Cabo da Boa Esperança.
São milhares de quilômetros - numa extensão que vai da região dos Grandes Lagos ao Mar Vermelho - que compõem a faixa da seca. Essa seca foi provocada pela escassez e pelo atraso das grandes chuvas características da região central da África, mas também pelas inúmeras guerras que fizeram milhares de pessoas abandonarem os campos, fugindo dos exércitos beligerantes.
Nessa faixa de terra, existem cerca de 16 milhões
de pessoas, entre homens, mulheres e crianças, ameaçados pela fome porque não houve colheitas e os rebanhos começam a definhar.
Calor: céu azul, típico no país, e Luanda ao fundo.
A falta de chuva e o esvaziamento dos lagos artificiais já obrigam, há mais de dez meses, o racionamento de eletricidade.
No Sudão, devido à guerra do sul contra o norte e no chamado Chifre da África (Eritréia, Somália e Etiópia), a situação é caótica graças aos deslocamentos de massas humanas para fugir das guerras e da escravidão, pelo abandono dos campos e pela escassez de chuvas.
Numericamente, o caso mais grave é o da Etiópia, país de clima semi-árido e montanhoso, onde a subnutrição atinge 10 milhões de moradores, conferindo-lhe o antepenúltimo lugar na escala mundial da pobreza.
Sorriso no rosto: em meio às dificuldades históricas do país e ao trânsito do Centro de Luanda, ainda é possível sorrir.
Dentro de alguns anos, um entre dois africanos terá a sua porção de água necessária
para sobreviver reduzida pela metade ou até menos. Tudo indica que mais de 12 países africanos terão que enfrentar o problema da falta de água para suas populações, talvez até através de conflitos onde existem as grandes reservas de água, como as regiões dos grandes lagos e dos grandes rios.
Exemplo disso é o rio Nilo, sobre o qual a Etiópia reclama justos direitos de reservas, visto que em seu território nasce o Nilo Azul, responsável pelo fornecimento de 85% das águas de todo o rio.
Se os problemas da África estão se agravando pelas guerras civis, pelo abandono dos
campos e pela falta de aplicações de recursos para melhoramento da conservação do solo, outro fator negativo é a substancial diminuição da ajuda estrangeira.
Entre os carros: angolana carrega um pesado tacho de bananas na cabeça.
Apartheid
Ao fazer uma análise sobre o Apartheid, percebe-se que tal sistema de segregação racial
é, no mínimo, preconceituoso, uma vez que coloca o negro em uma condição de rebaixamento, ao considerá-lo inferior ao branco.
O negro era considerado e tratado como um objeto; era impedido de manter uma vida social digna; não podia freqüentar os mesmos lugares que os brancos; não podia se servir das mesmas regalias, das mesmas formas de lazer, dos mesmos serviços, enfim, os negros não tinham direitos, mas, sim, deveres a serem cumpridos.
Pode não parecer, mas foi uma realidade vivida na África do Sul durante muitos anos.
Centro: tráfego pesado em Luanda.
Esse quadro lamentável só veio a se modificar com o surgimento de uma figura heróica, a qual foi capaz de se submeter a vários desafios para alcançar seu grande objetivo: o fim do Apartheid.
Tal figura, da qual possuo grande admiração, pela sua garra e coragem, é Nelson Mandela, advogado, principal representante do movimento anti-apartheid, como ativista, sabotador e guerrilheiro.
Considerado pela maioria das pessoas um guerreiro da luta pela liberdade; considerado pelo governo sul-africano um terrorista.
Lá como aqui: assim como muitas brasileiras, as mulheres de Angola carregam produtos na cabeça.
Após o fim do regime de segregação, em 1994, Mandela foi eleito presidente da África do sul.
Encerrou seu mandato em 1999 e, a partir desse ano, passou a defender causas humanitárias pelo mundo.
Nós, como cidadãos, deveríamos seguir o exemplo de Nelson Mandela – o de lutar
pelos nossos interesses, o de tentar construir um mundo melhor. Mas, o que acontece, infelizmente, é que nós nos acomodamos ao pensar que sozinhos não chegaremos a lugar algum.
É fato que, se continuarmos possuindo essa mente tão pequena, nem um grão de areia será movido do lugar.
É importante, portanto, que cada um faça sua parte; é importante dar o primeiro passo, para que, conseqüentemente, os próximos sejam dados. E assim como Nelson Mandela conseguiu podemos, também nós, contribuir para a construção de um mundo melhor, sem desigualdades, sem preconceitos, em prol da paz.
2 em 1: o porto e o centro da capital Luanda ao mesmo tempo.
Genocidio em Darfur:
A guerra civil que afeta o sul do Sudão praticamente desde sua independência, em 1956, atingiu um novo patamar com a catástrofe humanitária que se esboça na região de Darfur, no oeste do país.

Genocídio em Ruanda:

Em 1994, houve um Genocídio que provocou a morte de mais de 800.000 pessoas em Ruanda, simplismente por diferenças étnicas.

Referências Bibliográficas:
Especial multimidia (muito bom) sobre os africanos que tentam chegar ilegalmente na Europa:
Sites interessantes:

4 comentários:

Helenice Nunes disse...

eu amo e seu blog e as suas postagens. parabéns.

Maria Luiza Braga disse...

Pequena Mary essa postagem você caprichou!! Ficou muito bem feita. Eu adorei. Abraços, Marylulu27.

Dircinha disse...

OLá.. sem problemas..isso acontece mesmo... mas não sou contra que usem as minhas fotos, sempre que precisar e ou quiser, pode usá-las, mas com os devidos créditos .
ABraços e descupe os transtornos.

Anônimo disse...

Muito bom o seu Blog, ótimo trabalho, esse post está simplesmente incrível