Ao norte encontramos uma organização sócio-econômica muito semelhante à do Oriente Médio formando um mundo islamizado, ao sul temos a chamada África negra, assim denominada pela predominância de povos de pele escura, nesta região encontra-se os piores indicadores sociais.Os principais problemas são: Fome, Guerras civis, Epidemias e Questões ambientais.
Os primeiros seres humanos surgiram na África, os mais antigos fósseis de hominídeos
foram encontrados no continente africano e tem cerca de cinco milhões de anos.
O Egito foi provavelmente o primeiro estado a se formar no continente há cerca de 5000 anos, além disso, os africanos foram procurados desde a antiguidade por povos de outros continentes que buscavam as suas riquezas como sal e ouro. Sua divisão territorial é muito recente. Realizou-se em meados do século XX, e resultou na descolonização européia.
Apesar de se registrarem atualmente na África muitos conflitos de caráter político, a
grande maioria dos países possui governos democraticamente eleitos. No entanto, as eleições são frequentemente consideradas “sujas” devido ás fraudes tanto internamente como pela comunidade internacional, já que existem países em que o presidente ou o partido governamental se encontra no poder a vários anos.
A ciência diz que a África foi de onde nós viemos. África, local da origem do homem. Os fósseis humanos mais antigos, datados de 200 mil anos, foram encontrados no continente africano. Mas que continente é esse hoje? De vários rostos. São quase 950 milhões de habitantes em 53 países que falam cerca de mil idiomas. Há pouco tempo, na segunda metade do século XX, a maioria dessas nações ainda era colônia. Ingleses, franceses, alemães, portugueses, espanhóis, italianos, holandeses e belgas deixaram suas marcas. A independência recente veio junto com problemas econômicos, miséria e conflitos. E, nos últimos anos, crescimento em alguns países. Hoje, a África é sinônimo de contraste. Paisagens lindíssimas, algumas conhecidas em todo o planeta. Economias emergentes e riqueza convivem com tragédias humanitárias. De cada dez africanos, quatro vivem abaixo da linha da pobreza, segundo as Nações Unidas.
O sistema de saúde não existe, a expectativa de vida é de 37 anos, a economia ruiu, mas eles não deixam de sorrir nos campos de refugiados sonhando com dias melhores na vizinha África do Sul.
Sorrisos são muitos na fronteira entre o Zimbábue e a África do Sul, embora não haja motivos para se exibir rostos felizes. Não fosse o que move todos: a esperança. Esta é a África dos contrastes. Joanesburgo, maior cidade sul-africana, é a mais rica de todo o continente e a apenas 500 quilômetros está um país falido: o Zimbábue. Robert Mugabe foi o herói da independência. No poder há 29 anos, conduziu seu povo ao caos. Sistema de saúde não existe. Isso diante de uma epidemia de cólera, que já matou 3 mil pessoas e contaminou outras 60 mil. A expectativa de vida é de apenas 37 anos. A economia ruiu, a inflação é de 98% ao dia, o que cria monstros como uma nota cheia de zeros. São cinco bilhões de dólares zimbabuanos. "Não se compra nada com isso", diz uma mulher. De tão desvalorizado, o dólar zimbabuano acaba de ser extinto.
Pirâmides, safáris, paisagens exóticas. Apesar de lindos cenários, a África ainda é pouco visitada: recebe apenas 5% dos turistas do mundo. Em 2008, 46 milhões de pessoas vieram ao continente, oito milhões delas para o Egito. Em segundo lugar, a África do Sul, com quase sete milhões. E é neste país que o turista pode encontrar uma face desconhecida do continente. Na Cidade do Cabo, próximo ao Cabo da Boa Esperança, que separa os oceanos Índico e Atlântico, e uma praia esconde algo raro: pinguins.
Trezentos e quarenta e dois imigrantes clandestinos chegam diariamente de barco à ilha de Lampedusa, na Itália. O grupo é originário do norte da África. Normalmente, cobra-se o equivalente a R$ 2 mil para levar um imigrante ilegalmente até a Europa. Muitos tentam ir de carro mesmo. A 50 quilômetros de Tanger, fica Ceuta, um enclave espanhol dentro do Marrocos. Território europeu, um pequeno pedaço de terra que virou o Eldorado para muitos africanos. Aqui não é o único lugar. Há outras rotas. Do sul do Marrocos até as Ilhas Canárias, também território espanhol, ou do litoral da Tunísia ou da Líbia até a Itália.
Pirata somaliano
Angola é um contraste. Tem um dos piores Índices de Desenvolvimento Humano, segundo as Nações Unidas. Angola está na posição 157 de 179 nações avaliados.
Em contra-partida, desde 2002, o crescimento econômico é incrível. Ano passado foi de 16%.
Depois de 25 anos guerra civil, Angola está renascendo. Obras para todos os lados. Esse cenário de reconstrução em Luanda tem uma grande participação do Brasil. São 40 mil brasileiros trabalhando em Angola, nas mais diversas áreas. Estradas, ruas, prédios. Onde há uma obra, há um brasileiro. “Eu acho que o Eldorado do mundo hoje é Angola, Luanda. Quero ver como vai ficar isso aqui daqui a 30 anos”, projeta o empresário Mário Corrêa.
A transformação é rápida. Há dois anos, shopping center não existia em Luanda. É administrado por brasileiros. Um sucesso. “A gente tem durante a semana um fluxo entre 10, 11 mil pessoas e, aos fins de semana, quase 30 mil pessoas”, conta Irmala Souza, gerente de marketing.
Futebol? Não poderia faltar um brasileiro. Marinho Peres, ex-zagueiro da Seleção na Copa de 74, é o técnico do ASA, de Luanda. “É um povo muito alegre. Honestamente, é como seu eu tivesse no Brasil, no Rio de Janeiro”.
Os brasileiros estão ajudando a mudar a paisagem, a mudar a infraestrutura da cidade e a mudar pequenos detalhes: salão de beleza lotado. Todas querem o que chamam de "cabelo brasileiro". “Quando eles falam de cabelo brasileiro, eles falam de cabelo liso. É o famoso cabelo bonito”, diz a gerente Hainê Marques. O oceano que separa Brasil e Angola parece nem existir. A distância diminuiu de tamanho. É bom saber que temos irmãos na África.
Sudão
Aos poucos, novos comportamentos na sociedade sul-africana vão aparecendo.
O que era crime há 20 anos hoje se torna o símbolo de como o país mudou. Eleni, de 22 anos, e Duinti, de 27, são namorados. Casal multirracial, algo ainda raro, mas não impossível de se ver. "O país mudou, mas não mudou tanto. Ainda há obstáculos, os olhares, as barreiras. Muitos acham normal, mas há algumas pessoas que não gostam mesmo", diz Eleni, que teve a reprovação da irmã mais velha quando disse que namorava um negro. "Meus pais aprovaram, mas fazem piada comigo. Ah, está com uma branca...", conta Duinti.
Ambos nasceram nos últimos anos do Apartheid. Na infância, sequer tiveram amigos de outra cor. "Parece loucura pensarmos que era proibido um casal como nós. Mas nosso país era assim. Agora, somos o que nosso país é e passará a ser", conta Duinti. Quando os filhos desses novos casais vierem, a África do Sul terá dado mais um passo importante na democracia racial - a miscigenação.
juntas são pioradas pela falta de água. Esses problemas em conjunto assolam o continente africano, provocando mais pobreza e desprezo de grandes governantes do mundo, que fecham os olhos diante da realidade existente na África.
A situação provocada pela Aids é catastrófica, combinada com a pobreza e a falta de
informações tem provocado uma tragédia de números inacreditáveis. A própria agência das Nações Unidas para a Aids, Unaids, já considera inevitável nos próximos dez anos a morte de todas as pessoas hoje portadoras do vírus no continente africano.
A África do Sul, mesmo sendo o país mais rico do continente, não ficou fora da epidemia da Aids. Em pouco mais de uma década, a África do Sul constatou 2,9 milhões de casos, deixando um rastro de 360 mil mortos.
Segundo especialistas a razão pela qual o HIV se alastre de uma forma tão rápida, é a
falta de vontade política dos governantes de lidar com a doença e de tocar em assuntos tidos como tabu para a maioria das culturas africanas, como o sexo, homossexualismo e camisinha.
Safari
Muitos africanos ignoram o que seja a Aids. Eles acham que a doença é causada apenas pela pobreza, por bruxaria, inveja ou por maldição de espíritos antepassados. Esses mitos aumentam o estigma em torno da Aids, mantida em segredo por doentes e familiares devido ao preconceito e ao isolamento a que são submetidos na comunidade. Além disso, relataram-se diversos casos nos quais africanos homossexuais tiveram tratamentos negados ou foram ridicularizados, mostrando a dupla discriminação, por serem homossexuais e soropositivos.
Safari
Um grande contraste é que as causas da pandemia também estão na política. Mesmo
com um PIB per capita de U$ 10,7 mil, na África do Sul quase 22% da população adulta é portadora do HIV.
Em Uganda, com PIB per capita de U$ 1,8 mil, a prevalência do vírus entre adultos reduziu-se de 12% para 4% na ultima década.
A diferença entre esses países é que a Uganda forneceu coquetéis as gestantes e investiu em saneamento básico, garantindo a segurança da mistura do leite em pó e água aos bebes de mães portadoras do vírus.
A epidemia de Aids na África tem efeitos similares aos de uma guerra, vitimando
principalmente adultos. Mas, diferente da guerra, a Aids atinge homens e mulheres em proporção semelhante. Do ponto de vista demográfico, ela tende a produzir sociedades de adolescentes órfãos.
Safari
Fome
Segundo as Nações Unidas, mais de trinta milhões de pessoas em 24 países da África
Subsaariana estão passando fome devido a problemas que vão desde guerras, clima seco a crises econômicas. Doze milhões de pessoas na região sul da África necessitam imediatamente de ajuda, depois de uma pobre colheita de cereais.
O período entre dezembro a março é conhecido como "Estação da fome".
Esse é o tempo que precede a colheita, devido à ausência de alimentos nos armazéns, as famílias passam a fazer uma refeição por dia.
Os efeitos da "Estação da fome" não são novos, mas recentemente têm se agravado com o aumento de conflitos étnicos, HIV/AIDS e a pobreza crônica que amplia fatores ambientais como a seca.
Muitas comunidades não têm recursos para sobreviver a esses fatores.
A fome é um das piores problemas da África, se não o pior.
A seca e outros desastres naturais em muitas partes do continente intensificaram a falta de comida, mas pobreza é a causa real desse empasse. Para piorar as melhores terras agrícolas foram tomadas para crescer café, cana de açúcar, chocolate, e outras colheitas de exportação que foram vistas como o meio de desenvolvimento econômico de acordo com a teoria neoclássica de vantagem comparativa.
de dinheiro, enquanto produção de alimento para a maioria pobre foi negligenciada. Usar a melhor terra para agricultura de exportação degradou o ambiente e empobreceu a população agrícola rural, forçando muitos trabalhar em plantações .
África. Mas enquanto é essencial ajudar as pessoas em necessidade, devemos lembrar que essa ajuda de alimento, no melhor dos casos, só trata os sintomas de fome e pobreza, não suas causas.
Além das guerras étnicas, a África corre outro grande risco: a disputa pela água para
assegurar o suficiente para o povo e seus animais. Uma catástrofe que pode agravar ainda mais os sofrimentos do povo africano.
de pessoas, entre homens, mulheres e crianças, ameaçados pela fome porque não houve colheitas e os rebanhos começam a definhar.
Numericamente, o caso mais grave é o da Etiópia, país de clima semi-árido e montanhoso, onde a subnutrição atinge 10 milhões de moradores, conferindo-lhe o antepenúltimo lugar na escala mundial da pobreza.
para sobreviver reduzida pela metade ou até menos. Tudo indica que mais de 12 países africanos terão que enfrentar o problema da falta de água para suas populações, talvez até através de conflitos onde existem as grandes reservas de água, como as regiões dos grandes lagos e dos grandes rios.
Se os problemas da África estão se agravando pelas guerras civis, pelo abandono dos
campos e pela falta de aplicações de recursos para melhoramento da conservação do solo, outro fator negativo é a substancial diminuição da ajuda estrangeira.
é, no mínimo, preconceituoso, uma vez que coloca o negro em uma condição de rebaixamento, ao considerá-lo inferior ao branco.
O negro era considerado e tratado como um objeto; era impedido de manter uma vida social digna; não podia freqüentar os mesmos lugares que os brancos; não podia se servir das mesmas regalias, das mesmas formas de lazer, dos mesmos serviços, enfim, os negros não tinham direitos, mas, sim, deveres a serem cumpridos.
Pode não parecer, mas foi uma realidade vivida na África do Sul durante muitos anos.
Nós, como cidadãos, deveríamos seguir o exemplo de Nelson Mandela – o de lutar
pelos nossos interesses, o de tentar construir um mundo melhor. Mas, o que acontece, infelizmente, é que nós nos acomodamos ao pensar que sozinhos não chegaremos a lugar algum.
É fato que, se continuarmos possuindo essa mente tão pequena, nem um grão de areia será movido do lugar.
Em 1994, houve um Genocídio que provocou a morte de mais de 800.000 pessoas em Ruanda, simplismente por diferenças étnicas.
Referências Bibliográficas:
4 comentários:
eu amo e seu blog e as suas postagens. parabéns.
Pequena Mary essa postagem você caprichou!! Ficou muito bem feita. Eu adorei. Abraços, Marylulu27.
OLá.. sem problemas..isso acontece mesmo... mas não sou contra que usem as minhas fotos, sempre que precisar e ou quiser, pode usá-las, mas com os devidos créditos .
ABraços e descupe os transtornos.
Muito bom o seu Blog, ótimo trabalho, esse post está simplesmente incrível
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