quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Mercosul e a America do Sul

As propostas de união dos países da América Latina vêm desde o período colonial, com o processo de independência das colônias espanholas. A criação de Estados extensos e fortes fazia parte do projeto de Simón Bolívar.


No século XX, as primeiras propostas surgiram logo após a Segunda Guerra Mundial, em 1948, quando foi criada a Cepal - Comissão Econômica para a América Latina, com sede no Chile e diretamente subordinada a ONU.

A Cepal foi bem recebida pelo conjunto dos países latino-americanos, mas pouco contribuiu para a efetivação de um projeto de integração. A consciência da unidade trazida pela condição de desenvolvimento fez com que, a partir do final dos anos 60, surgisse a idéia de união econômica entre os países latino-americanos.



Em 1991 0 MERCOSUL foi criado - Mercado Comum do Sul - formado inicialmente pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai baseado no Mercado Comum Europeu com o objetivo de reduzir ou eliminar impostos, proibições e restrições entre seus produtos. Em 2004, os países chamados andinos como o Chile, Bolívia, Equador, Colômbia e Peru se associaram ao MERCOSUL.

Em 2002, o MERCOSUL foi afetado pela situação econômica da Argentina, o que levantou grandes rumores acerca de uma possível relação com os Estados Unidos a fim de fragilizá-lo. Em 2004, a Argentina passou a ter atitudes contrárias às estabelecidas e assinadas no acordo fazendo com que a expansão do MERCOSUL fosse prejudicada e adiada.

Em 2005, a Venezuela buscou sua adesão ao acordo, mas teve que cumprir algumas exigências, como adotar a TEC – Tarifa Externa Comum. Esse acordo beneficiou as ligações comerciais e financeiras entre os países parceiros, já que houve implantação de indústrias filiais em países parceiros e ainda o grande crescimento turístico entre os mesmos.

O Brasil assumiu a liderança do bloco econômico e a Argentina assumiu a segunda colocação. O Brasil exporta, principalmente para os países parceiros, automóveis bem como suas peças de manutenção, bebidas, cigarros, café, açúcar, aparelhos eletrônicos, óleos e calçados.

Apesar das considerações feitas ao MERCOSUL, apenas o Chile cresceu economicamente acima da média mundial. As duas potências do MERCOSUL, o Brasil e a Argentina cresceram menos que a média mundial.

ARGENTINA HOJE
  • Na Argentina existem os chamados de "gorilas" os antiperonistas e membros das classes média e alta que desconfiam dos setores populares de baixa renda.

  • Cristina de Kirchner capitalizou os resultados econômicos dos últimos quatro anos, depois que ficou para trás o pior da crise de 2001 e 2002, com um governo de perfil industrialista, taxas de câmbio altas para as exportações e um aumento de 9% anual do Produto Interno Bruto (PIB). O futuro governo deverá enfrentar, porém, uma elevada inflação real de 15% a 20% e queda dos investimentos.

  • Cristina Kirchner construiu seu projeto de poder dentro do populista peronismo, mas com um forte giro para a socialdemocracia.
PARAGUAI HOJE
  • A eleição de Lugo mostra que a América Latina deu uma guinada defintiva para a Esquerda que hoje tem um time constituíudo por Chávez, Morales, Correia, Lula e agora Lugo. Lugo foi e é um seguidor da Teologia da Libertação e desde os anos de sacerdote estava à frente dos movimentos populares.

URUGUAI HOJE

CHILE HOJE

Charge sobre o MercosulCOLÔMBIA HOJE

  • Álvaro Uribe Vélez (Medellín, 4 de Julho de 1952) é um advogado e político colombiano, é o 56º presidente de seus país, cargo que ocupa desde 2002.

  • Uribe foi eleito presidente de Colômbia para o período 2002-2006 com 53% do total de votos, uma grande vantagem sobre o seu principal concorrente, Horacio Serpa.

  • Uribe manteve uma margem de popularidade acima do 95%, com iguais margens de aprovação de sua gestão, segundo enquetes, dada sua política de segurança contra as FARC.

  • Para alguns analistas a continuidade dos conflitos entre as FARC e o Governo, interessaria a Uribe porque isolaria as oposições e daria legitimidade para um terceiro mandato do presidente, viabilizada por uma alteração da Constituição colombiana sob acusações de compra de votos dos parlamentares.

  • Em 31 de março de 2008, o exército Colombiano invadiu o território do Equador para atacar um acampamento das FARC. Nessa ação, foi moram mortos vários guerrilheiros, incluindo o número dois das FARC Raúl Reyes. Nesse epsódio, Uribe acusou o presidente equatoriano Rafael Correa e o venezuelano Hugo Chávez de terem ligações com as FARC, o que gerou uma grande crise diplomática ainda não plenamente resolvida entre esses países. Para Chávez, Álvaro Uribe é um fator desestabilizador da região e está cada vez mais isolado no continente.

    PERU HOJE

  • Alan Gabriel Ludwig García Pérez (Lima, 23 de Maio de 1949) é um político peruano e atual presidente de seu país, cargo que já ocupara de 28 de Julho de 1985 a 28 de Julho de 1990.

  • Garcia estudou Letras na Pontifícia Universidade Católica do Peru e Direito na Universidad Nacional Mayor de San Marcos. Também estudou na Universidad Complutense de Madrid e na Sorbone de París.

  • Em 4 de junho de 2006 disputou o segundo turno das eleições presidenciais peruanas com Ollanta Humala, e venceu as eleições com 52,6% dos votos, tornando-se novamente chefe de Estado.

CHARGE DE HUGO CHAVES

BOLÍVIA HOJE

  • Juan Evo Morales Ayma (Orinoca, Oruro, 26 de Outubro de 1959) é o atual presidente da Bolívia e líder do movimento esquerdista boliviano cocalero, uma federação de agricultores que tem por tradição o cultivo de coca para atender um costume milenar da nação que é mascar folhas de coca. Evo Morales notabilizou-se ao resistir os esforços desenvolvidos pelo governo dos Estados Unidos da América na substituição do cultivo de coca na província de Chapare por bananas originárias do Brasil.

  • Morales é um admirador da ativista indígena guatemalteca Rigoberta Menchú(prêmio nobel da paz em 1992) e de Fidel Castro, este último pela oposição à política norte-americana. Morales propõe que o problema da cocaína seja resolvido do lado do consumo, pois o cultivo da Coca é um património cultural dos povos andinos e parte inseparável da cultura boliviana e sua proibição não pode ser feita através de uma simples regulação estabelecida por uma convenção externa.

CHARGE SOBRE EVO MORALES

EQUADOR HOJE

  • Rafael Vicente Correa Delgado (Guaiaquil, 6 de abril de 1963) é economista, político e o atual presidente do Equador.

  • Correa propõe renegociar a dívida externa, rever contratos petrolíferos (inclusive com a Petrobrás), não renovar a concessão de uma base usada por militares dos EUA e convocar uma Assembléia Constituinte para reduzir a influência política sobre o Judiciário e obrigar os deputados a viverem nos pequenos distritos eleitorais que representam. Também é contrário à assinatura de um tratado de livre-comércio com os EUA, pois prefere aderir à Alba, uma iniciativa de Chávez que reúne aliados como Cuba.

  • Alguns analistas o identificam com a denominada "esquerda progressista e nacionalista" de Chávez e Morales, ainda que Morales fosse um sindicalista e Chávez um militar, antecedentes históricos muito diferentes dos de Correa; que se autodefine como um "humanista cristão de esquerda" e propõe uma política soberana e de integração regional na linha bolivariana. Sua orientação política é inspirada pela Doutrina Social da Igreja, e a filosofia do Humanismo Cristão; apesar de amplo apoio de partidos de esquerda e de movimentos sindicalistas e indígenas, Correa pende para um conservadorismo católico.

  • Manifestou diversas vezes sua admiração pelo presidente da Venezuela Hugo Chávez, com quem tem certa amizade. Na campanha eleitoral, o então candidato disse ser amigo de Chávez, e qualificou o presidente dos Estados Unidos George W. Bush como tremendamente torpe. Provavelmente manterá boa relações com os governos de esquerda da América Latina, Argentina, Brasil, Chile, Uruguai, e Peru.

    CHARGE DE HUGO CHAVES
VENEZUELA HOJE
  • Hugo Rafael Chávez Frías (Sabaneta, 28 de Julho de 1954) é um político e militar venezuelano. É o 53º e atual presidente da Venezuela.

  • No dia 4 de Fevereiro de 1992, o então tenente-coronel Hugo Chávez, comandando cerca de 300 efetivos, protagonizou um golpe de Estado contra o presidente Carlos Andrés Pérez, da Acción Democrática (1974-1979 e 1989-1993).

  • Os partidários de Chávez justificam essa ruptura constitucional como uma reação à crise econômica venezuelana, marcada por inflação e desemprego decorrentes de medidas econômicas adotadas por Pérez, logo após a sua posse face à grave situação econômica que o país estava passando. A Venezuela era um dos poucos países da américa latina que nunca tivera sofrido um golpe de estado.

  • Embora fracassada, a tentativa de golpe em 1992 serviu para catapultar Hugo Chávez ao cenário nacional, depois de amargar dois anos de cadeia. Após o fim do mandato de Carlos Andrés Pérez, graças a uma anistia do novo presidente, Rafael Caldera Rodríguez, Chávez abandona a vida militar e passa a se dedicar à política. O agravamento da crise social e o crescente descrédito nas instituições políticas tradicionais o favorecem.

  • Em 1997, fundou o Movimiento V República (MVR) e, nas eleições presidenciais de 6 de Dezembro de 1998, apoiado por uma coligação de esquerda e centro-esquerda - o Polo Patriótico - organizada em torno do MVR, Chávez foi eleito com 56% dos votos.
    Mary
  • Assumiu a presidência da Venezuela em 1999, para um mandato inicialmente previsto de cinco anos, pondo fim a quatro décadas de domínio dos chamados partidos tradicionais - Acción Democrática (AD) e Comité de Organización Política Electoral Independiente (COPEI).

  • Do ponto de vista da estrutura de poder político, a Constituição da Quinta República (mais tarde denominada República Bolivariana de Venezuela) outorgou maiores poderes ao presidente, ampliando as prerrogativas do executivo em detrimento dos demais poderes. O parlamento torna-se unicameral, com a extinção do Senado.[7] A nova Constituição também aumentou o espaço de intervenção do Estado. Houve também avanços no tocante ao reconhecimento de direitos culturais e lingüísticos das comunidades indígenas.

  • Em razão da nova ordem constitucional, foram realizadas novas eleições presidenciais e legislativas em 30 de Julho de 2000, nas quais Chávez foi reeleito presidente da República, com 59,7% dos votos e o Polo Patriótico conquistou a maioria dos lugares na Assembleia Nacional.

  • Em Novembro de 2000, a Assembléia Nacional tinha aprovado a denominada Ley Habilitante, por meio da qual o presidente poderia governar por decreto durante o período de um ano, sem necessitar da Assembléia Nacional para aprovar leis. A medida foi muito criticada alegando-se que os poderes extraordinários concedidos a Chávez seriam ditatoriais.

  • No final de Fevereiro de 2002 Chávez decidiu demitir os gestores da companhia estatal Petróleos da Venezuela (PDVSA) e substitui-los por pessoas da sua confiança, o que gerou profundas críticas.

  • O descontentamento com a liderança de Chávez começa a atingir alguns sectores do exército e antigos apoiantes o abandonam.

  • No dia 12 de Abril o general Lucas Rincón, chefe das Forças Armadas, anunciou que Chávez se tinha demitido, tendo o presidente da Fedecámaras, Pedro Carmona, assumido a presidência da República.

  • Nas horas seguintes Chávez foi libertado da prisão na ilha de La Orchila[25] e regressa a Caracas, havendo assim a reversão do golpe de estado.

  • Nas Eleições presidenciais da Venezuela de 2006 Hugo Chávez Frias foi reeleito com 62.9% dos votos. Pouco depois Chávez anunciou que iria unir os 23 integrantes de sua coalizão em um único partido, o "Partido Socialista Unido da Venezuela", sob seu controle direto, para acelerar a revolução socialista.

  • Reconduzido ao poder em 2007, sem oposição no Congresso (a oposição boicotou as últimas eleições legislativas), Chávez ganha em janeiro de 2007 poderes amplos para governar por 18 meses através de decretos-lei em 11 áreas do país, através da Lei Habilitante.

  • Em 2008 a Assembleia Nacional venezuelana propôs, a 9 de Dezembro, formalmente, a realização de uma emenda à Constituição Nacional para permitir a reeleição presidencial indefinida de Hugo Chávez, tal como este tinha pedido.

  • A formalização da proposta foi transmitida em simultâneo e obrigatoriamente pelas rádios e televisões do país.

OPINIÕES DE ESTUDIOSOS:

A professora do Departamento de Ciências Políticas do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UFRGS, Céli Regina Pinto, destaca o desenvolvimento de bolsões de pobreza nos últimos anos como um dos aspectos importantes para o estabelecimento do atual quadro político. “O empobrecimento resultou do radicalismo neoliberal, e é justamente o aprofundamento desta desigualdade que une as esquerdas latino-americanas em torno de um único objetivo: superar o profundo fosso entre os ricos e os pobres.”

ARNALDO JABOR FALANDO DO MERCOSUL: em video e texto

Em casa sem pão todos brigam e ninguém tem razão.
O Mercosul só serviu para manter uma utopia de união.
Um sonho um sonho hispânico-portuga.
Até agora só vimos brigas e disputas no Mercosul.
Até agora só levamos ferro.
O que ganhos com a Argentina, por exemplo, além de disputas de taxas de importação?
Os governantes usam o Mercosul para ter liderança.
Poder é o que buscam o sabotador Chávez e o nosso Lula, que quer ser o grande irmão do país maior e mais rico.
Aí mora o perigo.
Nós somos um problema para os hispânicos desde o Tratado de Madrid em 1750, que nos beneficiou.
Eles têm inveja de nós.
E nos provocam para esconder a sua incompetência interna.
Nessa reunião, o Rafael Correa com seus olhinhos verdes de ditador narcisista, repetiu ali na cara do Lula, o seu propósito de dar calote ao BNDS.
Rafael quer criar uma moeda única para América Latina: pesos brasileiros, ou volivres ou patacas do Equador.
O Paraguai defende a dupla taxação porque é um país sacoleiro que lucra com o contrabando.
O Chávez foi ali fazer propaganda contra o Bush, cachorro morto levando sapatada.
O Mercosul impede que negociemos separadamente e não nos deixa negociar dentro.
Daí, temos de acabar com essa ilusão, o Mercosul nem transa e nem sai de cima.


Os desafios atuais da integração da America Latina

  • As reivindicações do Paraguai em relação à dívida da construção de Itaipu e o preço da energia vendida ao Brasil fixado por tratado.

  • Bem se sabe, há dois anos o presidente da Bolívia, Evo Morales, pôs o exército em instalações da Petrobrás e nacionalizou o setor de gás e petróleo. Evo Morales é um representante de movimentos sociais pobres, principalmente dos cocaleros.

  • O presidente do Equador, Rafael Correa, decidiu contestar uma dívida do BNDS na justiça internacional, sem avisar ao governo do Brasil. Ele enfrenta a manifestasão de grupos indígenas, ele tenta se manter a frente dos movimentos sociais de seu pais através de discursos nacionalistas e ações também.

  • A Venezuela deve estar sentindo o preço do petróleo a 40 dólares o barril. Ela tem 82% dos seus débitos dentro de um acordo na Associação Latino Americana de Integração. Hugo Chávez é um militar que não conseguiu dar um golpe de estado, mas acabou se elegendo em um momento favorável à Venezuela. Em função das guerras no Oriente Médio, principalmente no Iraque, o preço do petróleo foi às alturas, e Chávez ficou numa posição propícia para fazer políticas sociais e tornar-se popular. Ele está criando o chavismo, assim como, no passado, outros governos populistas criaram suas siglas: justicialismo de Juan Perón/Argentina e aprismo de Haya de La Torre/Peru.

Video Extra:

A difícil relação do Brasil com os países vizinhos. Alexandre Garcia entrevista o senador Aloizio Mercadante e do doutor em Direito Internacional e Relações Internacionais Renato Zerbini comentam sobre a atual relaçao dos países da America do Sul. Veja o video:
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM925113-7823-OS+DESAFIOS+DA+INTEGRACAO+DA+AMERICA+LATINA,00.html

FONTES:

Um comentário:

Rafael disse...

Vlw, sempre bom saber um resumão destes